Weg dispara e Hapvida cai: o que explica os movimentos

A Weg (WEGE3) volta a figurar entre as ações mais “esticadas” do Ibovespa à luz do Índice de Força Relativa (IFR). A leitura mais recente posiciona o indicador em 79,56 pontos, nível clássico de sobrecompra, indicando que, após uma sequência robusta de altas, o papel pode se aproximar de um ajuste técnico. No acumulado de 2025, a companhia registra queda de 3,62%, enquanto, nos últimos 12 meses, recua 10,48%.

Já a Hapvida (HAPV3) aparece no extremo oposto, entre os ativos mais “descontados” do índice, com IFR em 28,70 pontos, patamar característico de sobrevenda. Esse cenário pode apontar uma possível assimetria para investidores, embora seja fundamental acompanhar atentamente a dinâmica do papel e os catalisadores capazes de sustentar uma reação mais consistente. Em 2025, a ação acumula perda de 56,05%, ao passo que, no horizonte de 12 meses, a desvalorização chega a 61,11%.

IFR: ações da bolsa

O Índice de Força Relativa (IFR), ferramenta amplamente utilizada na análise técnica, avalia a força dos movimentos de preço em uma escala de 0 a 100. Leituras acima de 70 costumam indicar sobrecompra, enquanto valores abaixo de 30 sugerem survenda.

Em termos práticos, isso indica que a Weg pode estar passando por um momento de forte otimismo, ao passo que Hapvida enfrenta maior pressão vendedora — condição que, por vezes, pode abrir espaço para movimentos de recuperação no curto prazo.

Também aparecem na lista das ações em região de sobrecompra: Bradespar (BRAP4), Vale (VALE3), CPFL Energia (CPFE3) e Gerdau (GGBR4).

Do lado oposto, entre os papéis mais pressionados no momento, estão C&A (CEAB3), Brava (BRAV3), Azzas (AZZA3) e Hypera (HYPE3), negociando em áreas técnicas consideradas mais frágeis.

Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica Weg (WEGE3)

Atualmente, o ativo negocia acima das médias móveis de curto, médio e longo prazo, o que preserva a tendência primária de alta. Apesar disso, o forte afastamento das médias no curto prazo sugere que o papel pode abrir espaço para movimentos de correção técnica ou lateralização, sem, por ora, descaracterizar o viés altista.

Na última sessão, a ação avançou 2,00%, encerrando o pregão a R$ 49,52, reforçando o controle comprador. O IFR (14) em 79,56 pontos indica região clara de sobrecompra, o que eleva a probabilidade de ajustes pontuais nos próximos pregões, especialmente após a sequência de altas recentes.

Do ponto de vista técnico, a continuidade do movimento de alta passa pela superação da resistência em R$ 49,90, que pode abrir espaço para avanços em direção a patamares mais elevados.

Resistências: R$ 49,90; R$ 51,85; R$ 53,36; R$ 54,92; R$ 56,37 e R$ 57,00.
Suportes: R$ 47,86; R$ 46,39; R$ 44,61; R$ 43,57; R$ 42,28 e na média móvel de 200 períodos em R$ 41,31.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica Hapvida (HAPV3)

A Hapvida intensificou o fluxo vendedor nas últimas semanas, acumulando baixa de 56,05% em 2025. O movimento recente movimento abriu um grande gap de baixa e levou o papel a renovar sua mínima histórica, agora na região dos R$ 12,77. O ativo vem de uma recuperação no curto prazo, e negocia entre a região das médias móveis.

O IFR (14) em 28,70 pontos aponta uma zona de sobevenda, o que pode favorecer um repique técnico — mas, para isso, seria necessária a entrada de um fluxo comprador mais consistente. Por ora, não há sinais técnicos que indiquem a formação de um repique de alta.

Resistências: R$ 15,61; R$ 16,75; R$ 17,90; R$ 20,00 e R$ 22,50.
Suportes: R$ 13,37; R$ 12,77; R$ 12,45; R$ 11,60; R$ 10,00 e R$ 9,75.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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