A Venezuela teria redirecionado durante as duas últimas décadas bilhões de dólares provenientes de receitas de petróleo e de fundos estatais para o Irã, que foram usados nos programas nucleares do país persa. A informação é do jornal espanhol conservador ABC. O jornal cita como fontes investigadores e ex-autoridades venezuelanas, que compartilharam o relatório publicado com promotores dos EUA e com a Casa Branca.
A reportagem sustenta que projetos e fundos explicitamente ligados ao Irã totalizam cerca de US$ 4,69 bilhões no período, e que outros US$ 3,13 bilhões teriam sido desviados indiretamente de um fundo China-Venezuela.
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O texto diz que o país sul-americano driblou as sanções internacionais utilizando instituições estatais venezuelanas, incluindo fundos binacionais, empresas públicas, bancos de fachada e projetos industriais com pouca ou nenhuma produção real.
Ainda segundo o jornal, as autoridades americanas estão analisando as conclusões enquanto consideram ampliar as acusações contra membros do Cartel de los Soles, um grupo narcotraficante designado como Organização Terrorista Estrangeira pelo governo de Donald Trump em novembro de 2025.
Um ex-funcionário venezuelano citado no relatório que o jornal teve acesso descreveu um esquema de triangulação envolvendo China, Venezuela e Irã. Por esse esquema, fundos provenientes das vendas de petróleo iraniano para a China, congelados por sanções, teriam sido direcionados pela Venezuela sob o pretexto de empréstimos, mas que não funcionavam como financiamento convencional.
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O relatório informa que uma parcela da receita obtida com o petróleo da Venezuela, incluindo linhas de crédito da China, foi redirecionada tanto para empresas estatais do Irã como a entidades ligadas ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, contribuindo para o programa nuclear do Irã – além de sua rede de aliados armados.
Esses documentos, segundo o jornal ABC, mostram que a Venezuela se tornou uma plataforma para a influência iraniana na América Latina, incluindo canais financeiros ligados aos grupos armados Hezbollah e Hamas.
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