O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará um raro pronunciamento noturno na Casa Branca nesta quarta-feira para falar sobre seu primeiro ano no cargo, destacando o que considera grandes conquistas, mesmo com a população preocupada com a economia e os republicanos enfrentando eleições de meio de mandato desafiadoras em 2026.
Trump, que frequentemente reclama de não receber crédito por suas realizações, deve abordar o trabalho de seu governo em diversas áreas, desde a redução das travessias na fronteira até a queda nos preços de alguns produtos. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que o presidente poderá apresentar medidas políticas que também devem ser implementadas no próximo ano.
Petróleo fecha em alta com bloqueio de Trump a petroleiros na Venezuela
Nesta quarta, o petróleo WTI para fevereiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 1,23% (US$ 0 68), a US$ 55,81 o barril
Trump promete pagamentos em dinheiro para melhorar a percepção sobre a economia
Com a impopularidade das tarifas e os preços ainda altos, a Casa Branca tem sugerido a promessa de reembolsos das tarifas e grandes restituições de impostos no próximo ano
O discurso, marcado para as 21h (23h no horário de Brasília), no horário nobre, é uma oportunidade para Trump, caso mantenha sua mensagem, tratar das preocupações dos americanos sobre a acessibilidade econômica — tema que ele frequentemente classifica como uma “farsa” promovida pelos democratas.
A inflação elevada durante os quatro anos do governo do presidente democrata Joe Biden ajudou Trump a derrotar a ex-vice-presidente Kamala Harris na eleição do ano passado. No entanto, as políticas tarifárias adotadas por Trump neste ano geraram incertezas e pressionaram os preços em uma economia que seu governo supervisiona há quase um ano.
Uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na terça-feira mostrou que apenas 33% dos adultos americanos aprovam a forma como Trump tem lidado com a economia.
O pronunciamento, que ocorrerá na Sala de Recepção Diplomática da Casa Branca — e não no Salão Oval, como é comum — pode ser uma reformulação do discurso que Trump fez na Pensilvânia na semana passada. Na ocasião, ele abordou a acessibilidade econômica, mas também desviou para temas frequentes em seus comícios, como direitos dos transgêneros, migrantes somalis em Minnesota e turbinas eólicas.
A política externa também pode ser tema do pronunciamento. Trump, que destacou seu trabalho para encerrar conflitos no exterior, ordenou na terça-feira um bloqueio a todos os navios petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela e insinuou que os EUA poderiam agir em território venezuelano para combater o contrabando ilegal de drogas. O governo venezuelano classificou a medida como uma “ameaça grotesca”.
Desde que voltou ao poder em janeiro, Trump tem alterado normas nacionais e internacionais, punindo adversários, enfrentando universidades, escritórios de advocacia e a mídia, impondo tarifas a aliados, se envolvendo nas artes e cultura pop e mantendo um fluxo constante de comentários nas redes sociais.
Seu estilo, embora popular entre seus apoiadores do movimento “Make America Great Again”, tem afastado outros eleitores. A pesquisa Reuters/Ipsos indicou que sua aprovação caiu para 39%, próximo ao nível mais baixo do ano e abaixo dos 41% registrados no início do mês.
A aprovação presidencial é um indicador importante para as perspectivas eleitorais. Os republicanos de Trump tentam manter o controle da Câmara e do Senado nas eleições de novembro do próximo ano, enquanto os democratas focam nas preocupações com acessibilidade e políticas de saúde para tentar reverter o quadro.
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