Serviços no Brasil, confiança ao consumidor nos EUA, petróleo e mais destaques

O Brasil divulga nesta sexta-feira (13) o índice de serviços às 9h, indicador importante para acompanhar o desempenho do setor de serviços no país, que contribui para grande parte do Produto Interno Bruto (PIB).

Nos Estados Unidos, às 11h, será divulgada a confiança do consumidor, dado que aponta o nível de otimismo das famílias em relação à economia, influenciando decisões de consumo e investimentos.

Na próxima semana, os olhos estarão voltados para o Federal Reserve (Fed), que anuncia sua nova decisão sobre as taxas de juros na quarta-feira. A expectativa do mercado é de manutenção dos juros, com investidores atentos a possíveis sinais sobre os próximos passos da política monetária americana.

O que vai mexer com o mercado nesta sexta

Agenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da Cúpula Brasil-Caribe, com compromissos concentrados no Palácio Itamaraty, em Brasília. A programação inclui a cerimônia oficial de chegada, sessão plenária, assinatura de atos, declaração à imprensa e almoço com líderes internacionais. À tarde, Lula realiza encontros bilaterais com os chefes de governo da Guiana, Haiti, República Dominicana e Barbados.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne às 15h com Luiza Helena Trajano, Presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza (MGLU3).

Brasil

9h – Serviços

9h – Secretaria de Política Econômica divulga estudo sobre impactos da reforma do Imposto de Renda da Pessoa Física

EUA

11h – Confiança do consumidor

INTERNACIONAL

Israel e Irã

Israel lançou um ataque contra o Irã na madrugada desta sexta-feira, 13 (horário local, noite de quinta-feira, 12, no Brasil). As explosões foram ouvidas na capital iraniana, Teerã. O Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que caças foram enviados ao Irã durante o ataque. As tensões entre os dois países voltou a aumentar há semanas, e há alguns dias especulava-se que Israel realizaria um ataque ao Irã. Os preços do petróleo chegaram a disparar mais de 11% na noite desta quinta-feira (12) após Israel lançar uma série de ataques aéreos contra instalações nucleares e militares no Irã.

Tarifas

Durante evento na Casa Branca, o presidente Donald Trump ameaçou aumentar as tarifas sobre carros para pressionar montadoras a investirem nos EUA. Ele também prometeu barrar leis da Califórnia que exigem veículos com emissão zero até 2035. Trump planeja assinar resoluções para revogar isenções ambientais concedidas à Califórnia durante o governo Biden. O estado, governado pelo democrata Gavin Newsom, promete contestar a decisão na Justiça. Trump ainda atacou o presidente do Fed, Jerome Powell, e sugeriu que pode agir para forçar a queda dos juros. O mercado espera estabilidade nas taxas na próxima reunião do Fed.

Sem demissão

O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a criticar o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, por não cortar os juros, chamando-o de “idiota”, mas afirmou que não pretende demiti-lo. Apesar disso, sugeriu que pode “forçar alguma coisa” para reduzir as taxas. Trump disse que a decisão sobre o futuro comando do Fed será tomada em breve. Ele também se mostrou insatisfeito com a alta nos preços do petróleo, cobrando ações para aliviar os custos. As declarações foram feitas durante evento na Casa Branca.

ECONOMIA

Arrecadação

A medida provisória do governo Lula (PT) que altera regras de tributação sobre investimentos, apostas e compensações tributárias deve render R$ 10,5 bilhões em 2025, segundo o Ministério da Fazenda. Já para 2026, a expectativa é arrecadar R$ 20,9 bilhões. A proposta enfrenta resistência no Congresso e entre empresários, mas entrou em vigor imediatamente. Parte significativa da receita virá da limitação à compensação de créditos tributários e do aumento na tributação de rendimentos até então isentos, como LCIs e LCAs, que passarão a pagar 5% de IR a partir de 2026.

INSS

A AGU acionou o STF para que os ressarcimentos de descontos fraudulentos em benefícios do INSS fiquem fora da meta fiscal e do arcabouço. A medida quer abrir crédito extraordinário para agilizar as devoluções sem comprometer o orçamento. O governo também pediu a suspensão de ações judiciais contra a União e o INSS sobre o tema. A AGU alerta para o risco de “litigância de massa” com decisões divergentes que podem afetar a estabilidade financeira. Em alguns casos, a Justiça tem determinado ressarcimento em dobro. A ação pede ainda a suspensão da prescrição dos pedidos de indenização. A fraude é investigada pela PF e CGU.

Custo alto

O Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, tem crescido de forma acelerada e pode superar o Bolsa Família nos próximos anos, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. Em abril de 2025, o BPC custou R$ 10,7 bilhões, com alta real de 10% em um ano. A expansão é atribuída a mudanças legais que facilitaram o acesso ao benefício, tornando-o mais inclusivo e menos burocrático. Já o Bolsa Família apresentou retração, com queda de 7% no mesmo período. Por ser obrigatório, o BPC impõe ao governo a concessão sempre que os critérios são atendidos. Economistas alertam para o custo crescente e a menor eficiência na redução da pobreza.

POLÍTICA

Dos mais pobres

Em evento em Minas Gerais na quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que governa para todos, mas tem “preferência e obrigação” de cuidar dos mais pobres e da classe média. As declarações ocorrem em meio a impasses com o Congresso sobre mudanças no IOF e propostas fiscais, que enfrentam resistência parlamentar e pressão por corte de gastos. “Não fui eleito para beneficiar rico”, disse Lula. O presidente também criticou a queda de desempenho da Vale nos governos anteriores e sinalizou intenção de disputar a reeleição: “Se preparem, posso ser presidente pela quarta vez”.

Urgência – IOF

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que será votada na segunda-feira (16) a urgência de um projeto para sustar o decreto que reajustou o IOF. Segundo ele, “o clima na Câmara não é favorável ao aumento de impostos”. O decreto publicado pelo governo revogou parcialmente aumentos anteriores, mas manteve alta para várias operações. Caso o Congresso derrube o novo texto, voltam a valer as alíquotas anteriores. O governo também editou uma medida provisória para compensar perdas na arrecadação e incluir ajustes em programas sociais e previdenciários.

Urgência – Imposto de Renda

A Câmara dos Deputados deve votar na próxima semana o pedido de urgência do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês. A proposta é relatada por Arthur Lira (PP-AL) e pode beneficiar até 10 milhões de contribuintes. A medida, que só deve valer a partir de 2026, ainda enfrenta discussão sobre como compensar a perda de arrecadação para estados e municípios, o que pode travar o avanço da proposta no Congresso.

Acúmulo

A Mesa Diretora da Câmara apresentou um projeto de lei que permite a parlamentares acumular aposentadoria de ex-deputado com salário de mandato eletivo. A proposta revoga regra de 1997 que proíbe esse acúmulo. O texto ainda prevê pagamento de 13º salário a aposentados do regime do Congresso. Sem estimativa de impacto fiscal, o projeto é assinado por líderes de partidos que também se opõem a aumento de impostos. A votação pode ocorrer com urgência, gerando críticas sobre contradições e aumento de gastos públicos.

Agressivo e perverso

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, criticou duramente as big techs durante o julgamento sobre o Marco Civil da Internet, questionando se essas plataformas podem impor seu modelo de negócios “agressivo e perverso” aos países onde atuam. Ele defendeu ampliar a responsabilização das empresas por conteúdos ofensivos, indo além da atual norma que exige ordem judicial para remoção.

A qualquer momento

O governo brasileiro formalizou na quinta-feira (12) o pedido de extradição de Carla Zambelli (PL-SP) à Itália, onde a deputada se encontra foragida desde sua condenação pelo STF a mais de dez anos de prisão. O embaixador Renato Mosca afirmou que a extradição tramita com base em tratado bilateral e que a parlamentar pode ser presa a qualquer momento, já que está na lista vermelha da Interpol. Zambelli diz que não pretende fugir e que se apresentará às autoridades italianas. Sua defesa tenta impedir a extradição, alegando perseguição política. O caso está sob análise da Justiça italiana.

(Com Reuters e Estadão)

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