“Sempre estivemos abertos ao diálogo”, diz Lula após aceno de Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou na noite desta sexta-feira (1º), em uma postagem nas redes sociais, que segue aberto ao diálogo com os Estados Unidos (EUA), em meio a imposição de tarifas comerciais e sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e que a prioridade é reduzir os impactos econômicos e sociais das medidas unilaterais adotadas pelos norte-americanos.

“Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”, escreveu Lula.

A declaração ocorreu horas após o presidente dos EUA, Donald Trump, manifestar disposição de conversar com o político brasileiro.

“Ele pode me ligar a hora que ele quiser”, disse o presidente norte-americano. “Vamos ver o que acontece”, acrescentou, questionado sobre o que estaria na mesa de negociação.

Questionado nesta sexta-feira por jornalistas sobre o motivo da imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros que entram nos EUA, Trump afirmou que as pessoas que governam o país “fizeram a coisa errada”.

Em um informativo sobre o decreto, a Casa Branca vinculou as tarifas ao processo judicial contra Bolsonaro, aliado de Trump e réu em processo sob a acusação de planejar um golpe de Estado para reverter sua derrota eleitoral em 2022, para Lula.

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Brasil tem a maior tarifa e Argentina, a menor

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite da última quinta‑feira (31) a ordem executiva que define novas tarifas recíprocas para dezenas de países e territórios, com vigência, em sua maioria, a partir de 7 de agosto.

Para muitos casos, o anúncio apenas oficializou a tarifa que já era conhecida, como é o caso do Brasil, mas para outros, como é o caso do Canadá, o valor subiu: com as negociações travadas, o país ficou sujeito a um imposto de importação de 35%.

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Para países com “déficit comercial significativo em relação aos EUA”, segundo a Casa Branca, os encargos variam entre 10% e até 41%, conforme a negociação com cada governo.

Alguns países negociaram tarifas mais favoráveis. Por exemplo, a Argentina e um grupo de cerca de 90 países manterão 10%, a menor conseguida por qualquer nação, enquanto o Canadá ficará com 35% e a Nova Zelândia com 15%.

(Com informações da Agência Brasil)

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