Queridinhas e esquecidas: 10 ações mais bem (e mal) avaliadas por fundos em junho

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Fundos de ações competem pela maior capacidade de escolher os melhores papéis da Bolsa, mas há um certo consenso sobre quais são, no geral, as melhores e piores aquisições. Segundo levantamento da XP publicado nesta quarta-feira (18), os gestores estão aumentando a aposta em ações ligadas a serviços financeiros, transportes e utilities, enquanto reduzem drasticamente a exposição a papéis do varejo, agro e setor de educação.

A análise da XP se baseia em uma metodologia quantitativa que combina exposição setorial com cinco fatores de estilo — low risk, momentum, quality, size e value. O resultado é um ranking com os ativos mais bem e mal posicionados pelos fundos entre mais de mil carteiras avaliadas, que somam R$ 280 bilhões em ativos.

As 10 ações preferidas dos gestores

Entre os papéis com maior pontuação nos critérios de exposição, destaque para ITUB4 (Itaú Unibanco), BBSE3 (BB Seguridade) e TGMA3 (Tegma). A predominância de empresas dos setores financeiro, transporte e energia sugere uma preferência dos gestores por nomes com perfil defensivo, geração de caixa estável e boa governança.

Além disso, ações como ABEV3 (Ambev) e WEGE3 (Weg) reforçam a presença de nomes tradicionalmente bem vistos pelo mercado em momentos de incerteza.

Ação Setor Score
Itaú Unibanco (ITUB4) Bancos 100.0
BB Seguridade (BBSE3) Financeiras não-bancos 99.4
Tegma (TGMA3) Transporte 98.8
Portobello (PORT3) Transporte 98.2
Engie (EGIE3) Utilities 97.5
Ambev (ABEV3) Alimentos e Bebidas 96.9
Bradespar (BRAP4) Metais e Mineração 96.3
Cury (CURY3) Construção Civil 95.7
Fras-le (FRAS3) Bens de Capital 95.1
Santos Brasil (STBP3) Transporte 94.5

Fonte: XP

As 10 ações evitadas pelos fundos

Na outra ponta, os gestores parecem evitar ações ligadas ao agronegócio, varejo e empresas cíclicas com performance mais volátil. JSLG3 (JSL), MRFG3 (Marfrig) e ECOR3 (Ecorodovias) aparecem entre os ativos com menor score.

Também chamam atenção nomes como MGLU3 (Magazine Luiza) e POSI3 (Positivo Tecnologia), que seguem penalizados por um ambiente macroeconômico ainda desafiador para consumo e tecnologia.

Ação Setor Score
JSL (JSLG3) Transporte 20.2
Camil (CAML3) Alimentos 19.6
Ecorodovias (ECOR3) Transporte 19.0
Minerva (BEEF3) Alimentos 18.4
Anima Educação (ANIM3) Educação 17.8
Raízen (RAIZ4) Alimentos 17.2
Azul (AZUL4) Transporte 16.6
Vamos (VAMO3) Transporte 16.0
Serna (SRNA3) Utilities 15.3
Lojas Quero-Quero (LJQQ3) Varejo 14.7

Fonte: XP

O que isso revela sobre o mercado?

O ranking da XP reflete uma reconfiguração no apetite por risco dos fundos. Enquanto setores defensivos voltam a ser priorizados, empresas expostas à volatilidade de commodities, consumo interno e juros altos são deixadas de lado.

“A pontuação dos papéis sintetiza a forma como os fundos estão posicionados, considerando não só o setor, mas também as características dos ativos em relação a qualidade, risco, valor e tamanho”, diz o relatório.

Para o investidor pessoa física, esse termômetro pode servir como um indicativo das tendências institucionais e, ao mesmo tempo, um alerta para oportunidades contrárias — afinal, muitos papéis historicamente subvalorizados se tornam promissores quando estão fora do radar.

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