Privatização da Copasa passa no crivo da Assembleia de MG: destravará valor?

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou a lei que autoriza a privatização da Copasa (CSMG3), encerrando a fase de negociações políticas. A expectativa é que o processo avance de forma mais direta até o leilão, previsto para abril de 2026.

O Bradesco BBI considera a aprovação da lei um dos principais eventos para reduzir riscos na tese de investimento em Copasa, reforçando a perspectiva de valorização com a entrada de um investidor estratégico. Apesar do potencial de destravar valor, o banco manteve recomendação neutra até maior clareza sobre os termos do contrato com o município de Belo Horizonte e o formato da oferta. O preço-alvo para o fim de 2026 é de R$ 56,00, implicando potencial de valorização (upside) de 31%.

A Genial Investimentos também classifica a aprovação como um grande evento para a tese da empresa tendo em vista o potencial transformacional para o case e o grande potencial de destravamento de valor.

“Apesar de acreditarmos que o prazo segue sendo exíguo para a materialização total da privatização, a nossa impressão é que ela ganhou a tração necessária para ser executada até Abril/25 (prazo rumorado para o final do processo)”, comenta a Genial. “Citamos ainda alguns passos fundamentais como aprovação do Tribunal de Contas, extensão das concessões das principais cidades (Belo Horizonte, por exemplo) e formatação do projeto de privatização como um todo”, completa.

A Genial Investimentos reiterou recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 27.

O Itaú BBA, por sua vez, reiterou recomendação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) para o papel e avalia que ainda há espaço para valorização diante dos próximos avanços regulatórios e contratuais. O preço-alvo é de R$ 43,20.

A equipe do BBA destaca que a tramitação do texto ocorreu de forma célere desde o fim de setembro, quando o projeto entrou oficialmente na Assembleia, evidenciando suporte consistente dos deputados estaduais. A lei permite que a privatização seja realizada tanto por meio da venda total ou parcial da participação do Estado quanto por aumento de capital com emissão de novas ações.

Na avaliação do Itaú BBA, as chances de privatização da Copasa aumentaram de forma significativa nos últimos meses, com um caminho claro para a conclusão do processo até o início de 2026.

Próximos passos

O texto segue agora para sanção do governador. Segundo o Itaú BBA, o mercado deve acompanhar de perto os próximos gatilhos, em especial a divulgação da nota técnica final do próximo reajuste tarifário, esperada para as próximas semanas. A nova tarifa entra em vigor em janeiro de 2026.

Além disso, avanços nas negociações com o município de Belo Horizonte para a prorrogação do contrato podem representar um fator adicional de valorização da tese. A Copasa informou recentemente a assinatura de um acordo preliminar para estender o contrato com a capital mineira até 7 de fevereiro de 2073, com o objetivo de preservar a modicidade da tarifa única e alinhar as condições contratuais dentro do sistema da companhia. A empresa também vem notificando municípios sobre a possível conversão de contratos vigentes em novos contratos de concessão, buscando alongar prazos e ampliar o escopo dos serviços, especialmente em localidades onde hoje atua apenas no fornecimento de água.

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