
A agenda econômica no Brasil conta, nesta segunda-feira (16), com a divulgação do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) referente a junho, às 8h, seguido do boletim Focus, às 8h25, que apresenta as projeções do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. Às 9h, por sua vez, será divulgado o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de abril, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Já a Câmara dos Deputados vai votar hoje a urgência do projeto que derruba o novo decreto sobre o Imposto de Operações Financeiras (IOF), publicado na última semana.
Nos Estados Unidos, com a decisão de juros do Federal Reserve (Fed) marcada para quarta-feira (18), investidores acompanharão nesta segunda os novos dados da Pesquisa de Manufatura Empire State, do Fed de Nova York, em busca de sinais de força — ou fragilidade — na economia.
Mais cedo, a China divulgou os dados de maio para o varejo e a indústria. As vendas no varejo cresceram 6,4% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a produção industrial desacelerou, com alta de 5,8% na comparação anual.
O que vai mexer com o mercado nesta segunda
Agenda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva partiu na madrugada de hoje rumo ao Canadá, onde participará da 51ª Cúpula do G7, grupo que reúne as sete maiores nações industrializadas do mundo.
Brasil
8h – IGP-10 (junho)
8h25 – Focus (semanal)
9h – IBC-Br (abril)
INTERNACIONAL
Embaixadas
Israel fechou suas embaixadas globalmente e orientou seus cidadãos a evitarem exibir símbolos judaicos ou israelenses em público, após lançar ataques contra o Irã. O país suspendeu serviços consulares e pediu cooperação com as autoridades locais diante de possíveis ameaças. O chanceler alemão anunciou reforço na proteção de locais judaicos e israelenses no país. Em Estocolmo, a segurança aumentou próximo à Grande Sinagoga. Israel atacou instalações nucleares iranianas e eliminou comandantes militares, numa operação para impedir a produção de armas atômicas. O presidente dos EUA afirmou que o Irã provocou o ataque e alertou para ofensivas ainda mais duras. O prazo para o fechamento das embaixadas não foi divulgado.
Acordos sobre tarifas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (15) a repórteres na Casa Branca que ele tem expectativa de que acordos comerciais sejam feitos na Cúpula do G7, no Canadá, para onde o republicano está indo neste domingo, 15. “Eu acho que nós vamos ter alguns novos acordos comerciais”, disse Trump a um repórter, que questionou sobre a possibilidade durante a Cúpula do G7.
Reforma
O principal projeto de reforma tributária de Donald Trump beneficiaria os 10% mais ricos dos EUA com um aumento médio de US$ 12 mil (R$ 66 mil) anuais na renda disponível, enquanto reduziria em US$ 1.600 (R$ 8.900) a renda dos 10% mais pobres, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO). A proposta, aprovada por margem estreita na Câmara, estende cortes fiscais de 2017 e enfrenta resistência no Senado, com críticas sobre seu impacto em programas sociais como Medicaid e Snap. O CBO alerta que o projeto ampliaria o déficit público e adicionaria US$ 2,4 trilhões (R$ 13,3 trilhões) à dívida até 2034, embora a Casa Branca conteste, alegando que reduziria a dívida em US$ 1,6 trilhão (R$ 8,8 trilhões). A votação final tem prazo para 4 de julho.
ECONOMIA
Arrecadação
O Ministério da Fazenda alerta que isentar o Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil sem criar imposto mínimo para altas rendas aumenta a desigualdade. Simulações da Secretaria de Política Econômica (SPE) indicam que só com a alíquota mínima para rendas acima de R$ 50 mil mensais a desigualdade, medida pelo índice de Gini, diminuiria. Atualmente, os mais ricos pagam alíquotas efetivas semelhantes às de classes médias, por causa de isenções em lucros e dividendos.
O imposto mínimo, com alíquota de até 10%, corrigiria essa distorção. O estudo reforça que a reforma fiscal deve equilibrar justiça tributária e sustentabilidade fiscal para reduzir desigualdades. Parlamentares resistem à taxação dos super-ricos, mas especialistas apontam que sem isso, o benefício dos mais pobres será limitado. A proposta está em análise na Câmara, com debate intenso sobre seu impacto social e fiscal.
Taxas de empréstimo
A taxa média de juros do empréstimo pessoal subiu para 8,22% ao mês em junho, segundo o Procon-SP, marcando o quarto aumento mensal consecutivo. O Bradesco teve o maior salto, de 8,57% para 9,08% ao mês. Já a taxa do cheque especial ficou estável em 7,96%, próxima do teto de 8% definido pelo Banco Central. A Selic está alta, em 14,75%, o que influencia esses juros elevados. O Procon-SP recomenda recorrer ao crédito apenas em necessidade real e comparar o Custo Efetivo Total (CET) entre bancos para evitar custos extras.
Sentimentos
O orgulho de ser brasileiro caiu de 83% em 2023 para 74% em 2025, segundo Datafolha. A vergonha aumentou de 16% para 24%. O pessimismo, sobretudo econômico, subiu para 50%, enquanto o medo do futuro bateu recorde, atingindo 63%. Sentimentos negativos, como insegurança (73%) e raiva (55%), predominam. A percepção do país varia conforme a preferência política: bolsonaristas expressam mais raiva, e lulistas mais otimismo. Lula enfrenta desgaste, com 56% sentindo vergonha dele, especialmente entre evangélicos.
POLÍTICA
IOF
A Câmara dos Deputados vai votar nesta segunda-feira a urgência do projeto que derruba o novo decreto sobre o Imposto de Operações Financeiras (IOF), publicado na última semana. A medida foi anunciada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após reunião com líderes da Casa na quinta-feira.
“Informo que o Colégio de Líderes se reuniu hoje e decidiu pautar a urgência do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) que susta os efeitos do novo decreto do governo que trata de aumento do IOF. Conforme tenho dito nos últimos dias, o clima na Câmara não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”, escreveu Motta nas redes sociais.
Reunião do G7
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, no dia 17, da 51ª Cúpula do G7, grupo das sete nações mais industrializadas do mundo, no Canadá. O tema da segurança energética deve ser uma das tônicas dos debates entre os países membros com as nações convidadas, como é o caso do Brasil, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entra de férias na segunda-feira, até o dia 22 de junho. Durante o período, será substituído pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, que assume em meio à votação da urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Possibilidade
A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, pode ser anulada após indícios de que ele mentiu ao STF ao negar uso de redes sociais durante restrições do acordo. Prints atribuídos a um perfil falso mostram postagens críticas a investigadores e ao ministro Alexandre de Moraes, além de revelar detalhes sigilosos da investigação. Cid negou conhecer o perfil, mas hesitou sobre ligação com sua esposa.
As mensagens indicam ceticismo sobre sua absolvição e minimizam o envolvimento de Bolsonaro na trama golpista. A anulação do acordo pode levar Cid a enfrentar pena maior, semelhante aos demais réus. Aliados de Bolsonaro veem a situação como reforço para pedidos de nulidade do processo. A defesa do ex-presidente já contestava o acordo por supostas contradições.
Motivos
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou à Polícia Federal que sua família viajou aos EUA para comemorar os 15 anos da sobrinha, com retorno marcado para 20 de junho. Ele negou suspeitas da PGR de tentar fugir do país após a prisão do ex-ministro Gilson Machado e buscas em sua casa. A PGR apontou a viagem da família e a tentativa de passaporte português como indícios de fuga. Gilson Machado nega envolvimento. Cid reforçou ter cumprido sua colaboração premiada e pede investigação para identificar o perfil falso.
Conversas
Dirigentes do PSOL e PCdoB começaram conversas para formar uma federação a partir de 2026, motivados pela elevação da cláusula de barreira para 2,5% dos votos no ano que vem. O PSOL, que atualmente está em federação com a Rede, deseja incluir o PCdoB nesse arranjo. Já o PCdoB integra uma federação com PT e PV, mas está insatisfeito por se sentir dominado pelos petistas. Os acordos atuais valem até o início de 2026, quando uma nova federação poderá ser formalizada a tempo das eleições. A aproximação é facilitada pela sintonia ideológica e boa relação entre dirigentes, embora existam conflitos em alguns estados a serem resolvidos.
Foragida
O paradeiro da deputada Carla Zambelli (PL-SP) até então é desconhecido das autoridades italianas, informou a vice-ministra do Interior, Wanda Ferro. Ela disse que a polícia não conseguiu localizar Zambelli após seu desembarque em Roma, no dia 5 de junho, devido a um “lapso temporal” de quatro horas antes da emissão do alerta vermelho da Interpol. A brasileira entrou na Itália com passaporte válido, sem constar na base de dados de risco no momento da chegada. As investigações seguem em cooperação com as autoridades brasileiras.
(Com Reuters e Estadão)
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