Prévia do PIB, dados da China, falas do Fed e mais destaques desta segunda-feira

A sessão desta segunda (15) tem como principal destaque a divulgação do IBC-Br, indicador visto como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), às 9h, com projeção de retração de 0,3% em outubro na comparação mensal. Antes disso, às 8h, a FGV publica o IGP-10 de dezembro, estimado em alta de 0,12%, e a Sondagem do Mercado de Trabalho referente a novembro. Na sequência, às 8h25, o Banco Central apresenta o Relatório Focus, que reúne as estimativas do mercado para inflação, taxa de juros, câmbio e crescimento econômico.

Ao longo da tarde, às 15h, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulga os dados da balança comercial semanal. No cenário internacional, a agenda começa às 7h, com os números da produção industrial da Área do Euro de outubro, e inclui, às 10h30, a divulgação do Índice Empire Manufacturing, indicador da atividade industrial dos Estados Unidos em dezembro.

Na China, as vendas no varejo subiram 1,3% em novembro em relação ao ano anterior, ficando bem abaixo da previsão mediana da Reuters de um crescimento de 2,8%, e desacelerando em relação ao aumento de 2,9% no mês anterior. A produção industrial cresceu 4,8% em novembro em relação ao ano anterior, abaixo dos 4,9% registrados no mês anterior e aquém das expectativas de um aumento de 5%.

O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, superando os 161 mil pontos na máxima da sessão, com as ações da Hapvida (HAPV3) e da Vivara (VIVA3) entre os destaques positivos, em semana de recuperação na bolsa paulista.

Na sexta-feira passada, o Ibovespa testou os 165 mil pontos pela primeira vez na sua história, mas o clima azedou após Flávio Bolsonaro se lançar candidato à Presidência, desencadeando uma queda de mais de 4% no fechamento naquele dia.

Ao longo da semana, sem maiores desdobramentos envolvendo o episódio, o clima na B3 acalmou.

Durante a tarde da sexta, com os rendimentos dos Treasuries reduzindo seus ganhos, as taxas dos DIs renovaram mínimas no Brasil, em paralelo à notícia de que o Departamento do Tesouro dos EUA removeu o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes da lista de pessoas sujeitas a sanções sob a Lei Magnitsky.

Este é mais um capítulo da reaproximação entre EUA e Brasil, após Washington já ter colocado abaixo várias das tarifas comerciais cobradas sobre produtos brasileiros.

Nesta semana, os agentes estarão atentos à divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na terça-feira, e do Relatório de Política Monetária, na quinta-feira — neste caso, acompanhada de entrevista coletiva com o presidente do BC, Gabriel Galípolo.

Após o BC manter a Selic em 15% na última quarta-feira, sem passar indicações firmes sobre quando começará a cortar juros, a ata e a coletiva de Galípolo são vistas como fundamentais para o ajuste de posições sobre a política monetária.

No exterior, após o Federal Reserve cortar sua taxa de referência em 25 pontos-base na quarta-feira, para a faixa entre 3,50% e 3,75%, os ativos precificavam na tarde de sexta-feira 77,9% de probabilidade de manutenção dos juros em janeiro, contra 22,1% de chance de novo corte na mesma magnitude, conforme a Ferramenta CME FedWatch.

O que vai mexer com o mercado nesta segunda

Agenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda oficial nesta segunda-feira com compromissos em Brasília. Às 10h, participa da inauguração da nova sede da ApexBrasil, em evento alusivo à abertura de 500 novos mercados para a exportação de produtos agropecuários, na SGAS 903, Lote 80, na Asa Sul. À tarde, no Palácio do Planalto, Lula recebe às 14h40 o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Em seguida, às 15h30, encontra-se com o presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, Manoel Caetano. Às 16h, o presidente tem reunião com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos. A agenda se encerra às 17h, com encontro com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

Brasil

  • 08h – IGP-10 Dezembro
  • 08h25 – Focus Semanal
  • 09h – IBC-Br Outubro

EUA

  • 11h30 – Diretor do Fed, Stephen Miran fala
  • 12h30 – John Williams, do Fed, participa de evento

INTERNACIONAL

Hassett sobre o Fed

Um dos principais candidatos à indicação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à presidência do Federal Reserve (Fed), Kevin Hassett afirmou que submeteria as opiniões do presidente aos membros do Fed para avaliação, mas que eles poderiam rejeitá-las, se assim desejassem, quando decidissem sobre as taxas de juros.

Em entrevista neste domingo, 14, ao programa Face the Nation, da CBS News, Hassett afirmou que continuaria conversando com Trump caso se tornasse presidente do Fed. Mas, ao ser questionado se as ideias de Trump sobre juros teriam o mesmo peso que as dos integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed, Hassett respondeu: “Não, não teriam peso nenhum”.

Chile

Os Estados Unidos divulgaram uma nota oficial parabenizando José Antonio Kast por sua vitória na eleição presidencial no Chile. A manifestação, pelo X, foi assinada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

No comunicado, o governo norte-americano afirma confiar que, sob a liderança de Kast, o Chile avançará em prioridades compartilhadas entre os dois países. Entre elas, o fortalecimento da segurança pública, o combate à imigração ilegal e a revitalização das relações comerciais bilaterais.

Ucrânia

A Ucrânia renunciou à sua ambição de ingressar na Otan em troca de garantias de segurança ocidentais como um compromisso para pôr fim à guerra com a Rússia, disse o presidente Volodymyr Zelenskiy antes de conversas com enviados dos Estados Unidos em Berlim.

Atentado na Australia

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem desarmando um dos suspeitos de atirar contra uma multidão na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, na madrugada deste domingo, 14 (horário de Brasília).

O ataque deixou ao menos 12 mortos e dezenas de feridos. Um dos atiradores morreu e outro envolvido no massacre está em estado crítico.

BRASIL

Energia

A Enel informou neste domingo, 14, que o fornecimento de energia elétrica na cidade de São Paulo “está voltando ao padrão de normalidade”. A empresa admitiu, no entanto, que ainda há “alguns casos mais complexos” para serem resolvidos.

Segundo comunicado enviado pela empresa ao Estadão na noite deste domingo, a complexidade de tais casos se refere a “reconstrução de rede, que envolve troca de cabos, postes e outros equipamentos”.

Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por exames de ultrassom, neste domingo, 14, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde ele está preso. Os resultados indicam a necessidade de uma cirurgia, segundo o advogado João Henrique Nascimento de Freitas, que faz parte do corpo jurídico que acompanha Bolsonaro.

Freitas disse que a ultrassonografia indicou duas hérnias inguinais – quando há um deslocamento de perto do intestino por algum problema na parede abdominal na região da virilha.

Manifestações

Moradores de diversas cidades brasileiras se manifestam neste domingo (14) contra a aprovação do chamado PL da Dosimetria, o projeto de lei que pretende diminuir o cálculo das penas (dosimetria) de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os atos são promovidos pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimentos de esquerda que se mobilizaram contra a aprovação do projeto.

Renúncia

A renúncia da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) era uma carta que aliados e advogados dela mantinham na manga desde antes da votação no plenário da Câmara que deu sobrevida temporária ao mandato da parlamentar, na madrugada de quinta-feira, 11.

O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), já tinha sido avisado que ela avaliava o momento certo de formalizar a renúncia, que se concretizou no início da tarde deste domingo, 14.

Corporativo

Azul (AZUL4)

Um juiz dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira a reestruturação da dívida da Azul, permitindo que a companhia aérea reduza mais de US$2 bilhões em dívidas e capte recursos por meio de uma nova oferta de direitos de subscrição de ações e investimento da American Airlines e da United Airlines. O juiz norte-americano, Sean Lane, aprovou o plano de recuperação judicial da Azul em uma audiência em White Plains, Nova York.

(Com Agência Brasil, Reuters, O Globo e Estadão Conteúdo)

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