
Os contratos futuros de petróleo bruto avançaram mais de 7% na manhã desta sexta-feira (13), após Israel lançar ataques aéreos contra o Irã sem o apoio dos Estados Unidos. A ofensiva elevou as preocupações sobre possíveis interrupções no fornecimento na região do Oriente Médio, estratégica para a produção global. Na noite de quinta-feira (12), logo após a divulgação das primeiras notícias sobre o ataque, as cotações chegaram a disparar até 13%.
A ofensiva, segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, teve como alvo o principal centro de enriquecimento de urânio em Natanz, cientistas envolvidos no programa nuclear e a estrutura de mísseis balísticos do regime iraniano.
A operação matou Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária do Irã, conforme noticiou a mídia estatal iraniana.

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O barril do petróleo Brent, referência global, subia 7,17% e chegou a US$ 74,33, enquanto o WTI, referência americana, avançava 7,52%, a US$ 73,16.
O salto reflete temores de que os ataques provoquem retaliações que comprometam a oferta da commodity na região.
Especialistas alertam para o risco de uma escalada militar envolvendo não apenas Israel e Irã, mas também alvos e interesses dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Apesar de ter sido informado previamente, o governo americano negou qualquer participação nos ataques.
O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que a ação foi unilateral e que a prioridade dos EUA é proteger suas forças na região. Israel declarou estado especial de emergência, prevendo possíveis ataques com drones e mísseis como resposta do Irã.
A Agência Internacional de Energia Atômica disse que não foi observado aumento nos níveis de radiação no local de Natanz após o ataque até a manhã de sexta-feira, enquanto a instalação nuclear de Isfahan não foi afetada.
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