Perícia da PF aponta que Bolsonaro precisa passar por cirurgia eletiva

A Polícia Federal concluiu, em laudo divulgado nesta sexta-feira (19), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisa passar por cirurgia para correção de uma hérnia e efetuar o bloqueio de um nervo em razão do quadro de soluços apresentados pelo ex-mandatário.

O exame, no entanto, apontou que o procedimento é eletivo, sem caráter de urgência, em contraposição ao que vinha sendo sustentado pela defesa do ex-presidente.

O relatório foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem caberá decidir se autoriza a realização da cirurgia em um hospital privado de Brasília. A avaliação técnica da PF não indica risco imediato à saúde que justifique intervenção emergencial.

A conclusão do laudo ocorre em meio a uma disputa jurídica sobre as condições de saúde de Bolsonaro e seus reflexos no cumprimento da pena. Preso desde novembro, o ex-presidente está custodiado em uma sala da Polícia Federal com cerca de 12 metros quadrados, em Brasília.

Entenda o caso

Em 11 de dezembro, Moraes determinou que a Polícia Federal realizasse uma perícia médica independente em até 15 dias. A decisão veio após o magistrado considerar que os exames apresentados pela defesa não eram atuais e não permitiam aferir, de forma isenta, a real necessidade de uma intervenção cirúrgica.

Dias antes da perícia, os advogados de Bolsonaro haviam pedido a conversão da prisão em domiciliar, alegando agravamento do quadro clínico, com crises recorrentes de soluços e necessidade de acompanhamento médico mais amplo.

A defesa também argumentou que o ambiente da custódia seria inadequado, citando limitações de espaço e ruídos constantes de uma estação de geradores próxima à cela.

Com o laudo da PF, Moraes deverá agora decidir se autoriza a cirurgia e em que condições ela poderá ser realizada, mantendo ou não o atual regime de custódia do ex-presidente.

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