
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (17) a realização de uma acareação entre o general da reserva Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). A medida foi solicitada pela defesa do general, que busca esclarecer supostas contradições nas declarações de Cid.
A decisão do ministro também agenda o encontro entre os dois acusados para o próximo dia 24 de junho.
Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro de 2024 e responde como um dos 31 réus por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Cid, por sua vez, firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal e se tornou uma das principais fontes da investigação.

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Divergências sobre reunião e repasse de recursos
A defesa do general aponta duas principais divergências entre as versões de Cid: a existência de uma reunião na casa de Braga Netto para discutir o plano “Punhal Verde Amarelo” — que, segundo os investigadores, previa o assassinato de autoridades como Lula, Alckmin e Moraes —, e o suposto repasse de dinheiro feito pelo general para financiar as ações golpistas.
Para os advogados, Mauro Cid apresentou “diferentes versões” sobre esses episódios e não forneceu provas que corroborem suas declarações. A acareação, segundo a petição, é necessária para “dirimir as contradições” e assegurar o direito à ampla defesa.
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