
O pregão da terça-feira (17) para o mini-índice (WINM25) mostrou fraqueza, com os mercados globais pressionando o risco no Brasil. Após a forte alta na segunda (16), quando o Ibovespa futuro já havia acelerado, o mini-índice repetiu inversão de humor e perdeu terreno, refletindo o cenário externo. O conflito entre Irã e Israel voltou a ganhar destaque, com potencial tensão no Estreito de Ormuz e alta do petróleo, o que impactou o apetite por risco nos contratos futuros.
No Brasil, quem operou o mini-índice sentiu os efeitos de desaceleração das commodities — como minério de ferro — e também o aumento nos juros futuros por toda a curva, em linha com o comportamento do Ibovespa à vista, que recuou cerca de 0,30%, aos 138.840 pontos. Entre os destaques no dia, Vale e Usiminas se comportaram de forma negativa, enquanto Petrobras tentou segurar o índice, mas sem sucesso.
No cenário interno, a expectativa agora está voltada para o Copom, que volta a ser reunir nesta quarta-feira (18), possivelmente influenciado pela trajetória dos juros futuros e dados macro recentes, como IGP‑10 (com deflação de 0,97%) e IBC‑Br positivo (+0,20% em abril). Já no exterior, o Federal Reserve também volta a se reunir, com projeções de manutenção dos juros neste momento e possibilidade de corte apenas em setembro, dependendo dos dados de varejo e produção industrial dos EUA.
Essa convergência de fatores sugere um ambiente de cautela: os traders do mini-índice devem estar prontos para volatilidade reforçada, tanto na reação às decisões de juros domésticas como às explicações do Fed — cenário clássico de “Super Quarta”.
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Os contratos do mini-índice (WINM25), com vencimento em junho, encerraram o último pregão em queda de 0,87%, cotados aos 138.940 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
Apesar do recuo, o fechamento acima das médias móveis de 9 e 21 períodos no gráfico de 15 minutos preserva o cenário para uma possível retomada do movimento altista. Atenção especial para a resistência imediata em 139.415/139.665 e para o suporte em 138.400/138.065 pontos.
No gráfico de 15 minutos, o índice sinaliza correção após a alta da segunda-feira, mas segue com tendência de alta no curto prazo por estar acima das médias. No diário, o destaque é o padrão Harami de Baixa, que, se confirmado, pode interromper o viés altista e levar o ativo a testar níveis inferiores.
Para que a baixa ganhe força, será preciso romper o suporte dos 140.165/139.475 pontos, mirando 137.070/136.650 e, em cenário mais negativo, 133.630 pontos. Já para retomar as altas, o índice precisará superar os topos anteriores em 142.930/143.685, com resistência mais acima em 145.040/145.660 e alvo inicial em 148.485 pontos. O IFR (14) está em 53,68, zona neutra.
Para o pregão desta quarta-feira, o foco deve estar no comportamento frente às regiões técnicas. A continuidade do movimento de alta dependerá do rompimento dos 139.415/139.665, com próximos alvos em 140.295/140.815 e 141.170/141.740 pontos. Para acelerar o fluxo vendedor, será necessário romper os 138.400/138.065, mirando os suportes em 137.720/137.235 e 136.865/136.340 pontos.
É importante ressaltar o vencimento dos contratos de junho, código WINM25. O novo contrato a ser negociado passa a ser o de vencimento em agosto, de código WINQ25. Esse fator pode gerar ajustes no comportamento dos preços e no fluxo dos negócios ao longo da sessão.

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WINM25: Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, observo que o mini-índice encerrou a última sessão em baixa, sendo negociado abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos. Apesar da pressão vendedora, o ativo encontrou suporte na média de 200 períodos, onde a ponta compradora reagiu e ajudou a recuperar parte das perdas do dia.
Para o pregão de hoje, destaco a importância de duas regiões-chave que podem definir a direção do mercado: a resistência em 142.000/142.230 pontos e o suporte em 140.945/140.700 pontos. O rompimento de qualquer uma dessas faixas tende a indicar o próximo movimento do mini-índice.
No caso de avanço acima da resistência dos 142.000/142.230 pontos, o ativo poderá dar sequência ao movimento altista, mirando os próximos alvos nas regiões de 142.980/143.510 pontos e, posteriormente, em 144.120/144.545 pontos.
Por outro lado, para que o fluxo vendedor retome força e o movimento de baixa continue, será necessário romper o suporte em 140.945/140.700 pontos. Perdendo essa faixa, o índice poderá buscar patamares mais baixos em 139.910/139.265 pontos, com alvos mais longos nas regiões de 138.265/137.790 pontos.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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