
No quarto dia consecutivo de confrontos diretos entre Israel e Irã, os ataques se intensificaram nesta segunda-feira (16), com mísseis iranianos atingindo diversas cidades israelenses e deixando pelo menos cinco mortos e mais de 100 feridos. Entre os locais atingidos estão Tel Aviv, Haifa e Petach Tikva — onde quatro pessoas morreram após um projétil atingir um prédio residencial.
O conflito, iniciado na sexta-feira (13) com uma ofensiva israelense contra instalações nucleares e militares iranianas, já deixou ao menos 23 mortos em Israel e mais de 220 no Irã, segundo autoridades locais.
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As explosões desta madrugada foram ouvidas em várias regiões do país. A principal organização de emergência israelense, Magen David Adom, confirmou que três das vítimas eram idosos. Outras 74 pessoas ficaram feridas apenas na manhã desta segunda-feira, e equipes de resgate continuam procurando vítimas entre os escombros.

A imprensa iraniana afirmou que seus ataques miraram alvos estratégicos, incluindo uma usina de energia na cidade de Haifa, mas a veracidade da localização ainda não foi confirmada.
Pouco depois, a agência de notícias iraniana Tasnim afirmou que Israel “atacou brutalmente o prédio do corpo de bombeiros no município de Musiyan”, na província de Ilam, perto da fronteira com o Iraque. Segundo a agência de notícias Fars, um hospital teria sido atingido. As duas agências são ligadas ao Corpo de Guardas da Revolução Iraniana (IRGC).
O ataque de Israel veio após o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, culpar diretamente o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, pelos ataques a civis. “Os moradores de Teerã pagarão o preço”, afirmou, acusando Khamenei de tentar “intimidar” Israel atacando áreas residenciais.
Katz chamou o aiatolá de “assassino covarde” e “ditador fanfarrão”, e prometeu uma resposta “em breve” – o que parece estar acontecendo agora.
No domingo, as forças israelenses haviam empreendido uma nova ofensiva contra o Irã e atingido uma instalação de gás natural.
Execução de suposto espião do Mossad
Em meio à escalada militar, o Irã anunciou a execução de Esmaeil Fekri, acusado de atuar como espião para a agência de inteligência israelense Mossad. Segundo a agência iraniana Mizan, Fekri foi preso em novembro de 2023 e teria se reunido com agentes do Mossad, repassando informações confidenciais. O governo iraniano, porém, não detalhou sua posição ou como teve acesso a esses dados.
Efeitos no mercado
Apesar da intensidade dos ataques no fim de semana, os preços do petróleo se mantiveram estáveis até esta segunda-feira. Analistas apontam que, por ora, não há impacto direto nas exportações da região pelo Estreito de Ormuz, que responde por cerca de um terço da produção mundial.
O conflito ganhou destaque nas discussões da cúpula do G7, que ocorre no Canadá nesta terça-feira (17), onde líderes globais prometeram priorizar esforços diplomáticos para evitar uma escalada ainda maior.
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Enquanto isso, o Irã pediu ao Conselho de Segurança da ONU que condene formalmente os ataques israelenses. Para Teerã, qualquer omissão dos Estados Unidos — membro permanente do conselho e aliado de Israel — seria “inaceitável”.
(com BBC e New York Times)
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