Ibovespa cai com nova pesquisa eleitoral, ata do Copom e influência do exterior

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O Ibovespa cai desde o início da sessão, em meio a ruídos eleitorais e à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã desta terça-feira, 16. Além disso, o petróleo cai cerca de 3% e as bolsas de Nova York abriram em baixa, enquanto investidores avaliam dados do mercado de trabalho dos EUA. O quadro é de aversão a risco, com o dólar à vista subindo, tendo tocado máxima a R$ 5,4590, e juros futuros em alta.

Às 14h desta terça, o Índice Bovespa caía 1,51%, aos 160.017 pontos.

Em contrapartida, a alta de 1,06% do minério de ferro hoje em Dalian, na China, estimula ganho da Vale (VALE3), enquanto os demais papéis do setor de metais recuam.

Mais cedo, saiu a ata do Copom relativa à decisão da semana passada, quando a taxa Selic ficou inalterada em 15% ao ano. Ainda foi informado o payroll americano duplo, de outubro e novembro.

Outro ponto que está no alerta dos investidores é ruído político.

Mais cedo, as ações caíam antes da divulgação de pesquisas pela Quaest sobre a corrida ao Planalto e a popularidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Havia rumores sobre o resultado da pesquisa que poderia desagradar ao mercado financeiro.

A Quaest seria divulgada entre amanhã e quinta-feira, mas foi antecipada para a tarde desta terça. A baixa praticamente se manteve após a divulgação da pesquisa. Sobre aprovação, o levantamento mostrou Lula estável, com aprovação em 48% e melhora na percepção da economia.

O levantamento também mostra o petista na liderança das intenções de voto para a eleição presidencial de 2026. No primeiro turno, Lula aparece com 41% das intenções, seguido por Flávio Bolsonaro (PL) com 23% e Tarcísio de Freitas (sem partido) com 10%.

No cenário de segundo turno, Lula venceria Flávio Bolsonaro com 46% dos votos contra 36% do adversário. Contra Tarcísio, o ex-presidente também sairia vitorioso, com 45% contra 35%.

Além disso, hoje, a ata do Copom reconheceu uma melhora do cenário para convergência da inflação à meta. Mesmo assim, reforçou que mantém uma postura “vigilante”, e que não vai hesitar em aumentar a taxa Selic novamente se julgar que esse caminho é apropriado. Ainda admitiu que o cenário externo está “menos incerto” e viu pela primeira vez acomodação no mercado de trabalho.

“A ata destacou que o balanço de riscos aliviou em relação à última reunião, especialmente devido as tensões comerciais com os EUA e conflitos externos”, avalia o economista-chefe da BGC Liquidez, Felipe Tavares.

Conforme Tavares, pela ata, todos os fatores necessários para dar o conforto ao Banco Central iniciar o ciclo de cortes de juros em janeiro foram dados. “Contudo, o BC destaca na conclusão que se manterá vigilante, dando a entender que o ciclo de cortes começará em março/2026”, diz, completando que esta é a projeção da BGC.

O economista-chefe da G5 Partners, Luis Otavio de Sousa Leal, por sua vez, reconhece que na ata o colegiado avançou “mais um passo” na condução da política monetária. Segundo ele, está claro que o ciclo de queda da Selic está próximo, podendo ser já em janeiro ou, no mais tardar, na reunião de março do Copom.

Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 1,07%, aos 162.481,74 pontos.

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