FAB dispara míssil Meteor com alcance de 200 km e moderniza defesa aérea

No final de novembro, a FAB (Força Aérea Brasileira) deu um passo histórico ao testar com sucesso o disparo do míssil Meteor a partir do caça Gripen.

Essa combinação é considerada a mais avançada e letal da América Latina, preparando o F-39 Gripen para estar totalmente operacional em 2026.

Os testes ocorreram na Base Aérea de Natal (RN) e colocam o Brasil no mesmo patamar de potências como Reino Unido e Suécia.

O que é o míssil Meteor e por que ele é revolucionário?

Imagine um míssil capaz de abater aviões inimigos a até 200 km de distância, sem que o piloto precise vê-los.

O Meteor é um armamento BVR (Beyond-Visual-Range, ou além do alcance visual), ou seja, detecta e ataca alvos identificados por radar, mesmo fora do campo de visão.

Diferente de mísseis de curto alcance como o Iris-T (usado pela FAB), ele expande o “campo de batalha” aéreo, reduzindo riscos para as aeronaves brasileiras.

Desenvolvido pela MBDA para países como Reino Unido, Alemanha e Suécia, hoje é operado por nações como Grécia e Índia. No Brasil, 100 unidades foram encomendadas em 2019 do Reino Unido, e dois exemplares foram usados nos testes para validar o estoque.

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Ficha técnica

Comprimento: 3,7 m | Diâmetro: 18 cm | Peso: 190 kg
Velocidade: Mach 4 (4 vezes a do som)
Alcance: 120-200 km | Preço estimado: R$ 15 milhões
Compatível com: Gripen, Rafale, Eurofighter e F-35

Como o Meteor funciona?

O segredo está no motor de combustível sólido “ramjet”, que acelera continuamente até o alvo, criando uma zona letal de 60 km sem chance de escape. A ogiva explode no impacto ou por proximidade, fragmentando-se para maximizar danos.

  • Detecção inicial: Radar do Gripen ou de outra aeronave identifica o alvo.
  • Navegação inercial: Instrumentos internos guiam o míssil pela trajetória inicial.
  • Datalink bidirecional: Gripen envia atualizações em tempo real.
  • Fase final: Radar próprio do Meteor assume, ajustando curso preciso.

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Essa tríade supera rivais como o americano AIM-120 (longo alcance) ou o russo R73 (curto alcance), dando ao Brasil superioridade em cenários de defesa aérea.

A missão usou drones avançados como alvos simulados, com espaço aéreo vigiado pela FAB para zero riscos à população. Em minutos, o Gripen decola carregado, coordena com a equipe e dispara — tudo bem-sucedido, segundo a FAB.

Com, o Brasil ganha um armamento equivalente aos melhores do mundo, fortalecendo a defesa contra ameaças aéreas.

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