
O governo dos Estados Unidos cancelou um contrato de quase US$ 600 milhões com a farmacêutica Moderna, que tinha como objetivo desenvolver uma vacina contra a gripe aviária para humanos.
O acordo, iniciado na gestão Biden, previa a compra antecipada de doses para enfrentar uma possível pandemia causada pelo vírus H5N1, que tem circulado globalmente e afetado aves e outros animais desde 2022.
A decisão foi anunciada após uma revisão do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS).
A justificativa oficial para o cancelamento foi a conclusão de que o investimento contínuo na vacina de mRNA contra o H5N1 não era cientificamente ou eticamente justificável.
O secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., conhecido por questionar a segurança da tecnologia mRNA usada nas vacinas contra a Covid-19, tem influenciado a postura do governo.
A Moderna, por sua vez, defendeu a eficácia e o perfil de segurança da tecnologia, ressaltando seu uso em mais de um bilhão de pessoas no mundo. Especialistas em saúde pública destacam que as vacinas de mRNA são consideradas as melhores opções para rápida adaptação a vírus em mutação, essenciais para a preparação contra pandemias.
A gripe aviária H5N1 tem causado grandes perdas no setor avícola dos EUA, com mais de 173 milhões de aves sacrificadas para conter a disseminação do vírus. Além disso, o vírus já afetou rebanhos de gado leiteiro e causou casos humanos, incluindo uma morte registrada em Louisiana no início deste ano.
Embora o vírus ainda não se transmita facilmente entre pessoas, especialistas alertam para o risco de mutações que possam desencadear uma pandemia.
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