Estratégia da Amazon quer estreitar diferença com concorrentes do e-commerce no país

A Amazon está trabalhando para diminuir a lacuna com as demais concorrentes do e-commerce no Brasil e, para isso, tem investido pesado para ampliar os serviços e manter o cenário competitivo.

Em análise do cenário, o Itaú BBA afirma que Amazon e Mercado Livre (BDR: MELI34) estão crescendo em ritmos parecidos, mas com a segunda tendo uma base mais robusta.

Enquanto o GMV (Gross Merchandise Volume, o valor total de vendas) da Amazon deve chegar a cerca de US$ 9,5 bilhões até o final de 2025, o Mercado Livre tem uma estimativa de US$ 32,7 bilhões para o mesmo período. Segundo o Goldman Sachs, a companhia ainda está atrás de concorrentes do setor como a Magazine Luiza (MGLU3).

Apesar da desvantagem, a avaliação do banco permanece positiva, com a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra).

Para diminuir a diferença entre as concorrentes, desde 2011, a Amazon tem investido cerca de R$ 55 bilhões no mercado brasileiro. Desse montante, 25% foi aplicado apenas no último ano para melhorias operacionais. No mesmo período, o quadro de funcionários duplicou, saltando de 18 mil para 36 mil pessoas.

A premissa, de acordo com o Itaú BBA, é simples: a companhia quer mais investimento em tecnologia e execução dos serviços para ampliar a velocidade dos processos e a confiança dos clientes.

Em entrevista recente, a CEO da Amazon no Brasil, Juliana Sztrajtman reforçou que, para o próximo ano, a companhia seguirá investindo para melhorar a velocidade das entregas, a variedade de produtos e ampliar a frequência de uso das plataformas de venda no país.

“A empresa considera o Brasil um mercado central entre as operações mais recentes em nível global, dado o mercado de e-commerce relativamente imaturo do país (penetração online em torno de 15%) e uma grande população digitalmente engajada”, explicam os analistas do Goldman Sachs.

Investimentos para ampliar serviço

Para melhorar os resultados, a Amazon tem concentrado esforços para desenvolver a logística de venda. No último ano, por exemplo, a companhia expandiu a sua rede de 150 para 200 pontos estratégicos de logística.

Com essa ampliação, a empresa conseguiu acelerar a entrega em mais de 1,5 mil cidades, com transportes levando de um a dois dias para serem concluídos. Em cerca de 100 cidades, a companhia já testa a entrega em algumas horas.

A Amazon também tem investido em inteligência artificial para otimizar os serviços de logística e distribuição de produtos. O relatório do Goldman Sachs ainda apresentou um aumento no número de produtos disponíveis na plataforma, saindo de 150 milhões para 180 milhões em 2025.

Do ponto de vista estratégico, os analistas afirmam que produtos com valores intermediários e com uma ampla seleção de para o dia a dia, tem aumentado a sobreposição da Amazon com Shopee/Temu e aumentado a pressão competitiva para a MELI.

Para atrair e fidelizar mais clientes, a companhia tem acordado parcerias com empresas como Nubank e iFood para serviços de crédito e clubes de fidelidade para clientes Prime. Segundo o BBA, a categoria é a principal âncora da Amazon para fidelizar clientes.

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