
No fim do ensino médio, Lucas de Siena Haga decidiu seguir a carreira do pai e se formou em engenharia de produção em uma instituição de ensino no ABC Paulista. Ele vivia em Santo André (SP) quando de 2011 a 2019 passou por empresas de diferentes ramos. “Trabalhei esses anos em engenharia, mas sempre me deparava com a questão salarial”, recorda.
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Para Lucas, aquele salário no início de carreira não o atraía. O último trabalho em São Paulo foi supervisor de operações comerciais. “Foi daí que começou essa curiosidade financeira”, diz ele, acrescentando que a atividade se tratava de manobrar da melhor maneira recurso da companhia. Chegou a passar um ano em Portugal nessa última empresa que atuava, com foco em esterilização de dispositivos médicos.
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Na capital federal
“Quando voltei para o trabalho que tinha em São Paulo, eles ofereceram um cargo em Brasília. Acabei vindo para cá. Mas fiquei pouco tempo porque o cargo que ia liderar teria que desligar uma pessoa”, relata.
Lucas não achou justo ter que demitir um colaborador para posicioná-lo na unidade da empresa na capital federal e pediu demissão. Sem emprego, chegou a fazer 23 entrevistas por uma vaga. Nesse tempo, o dinheiro diminuiu e, entre julho e novembro de 2019, tornou-se motorista de serviço de transporte de passageiros do aplicativo Uber.
Mas no fim daquele ano, acabou sendo contratado por uma seguradora devido aos seus contatos adquiridos no período em que trabalhou na empresa que oferecia serviços para estabelecimentos hospitalares.
“Eles acharam meu currículo interessante porque eu falava com muito diretor de hospital. E para vender seguro é esse tipo de pessoas que eles queriam”, explica. Na nova empresa, Lucas saiu totalmente fora da engenharia indo 100% para a parte comercial.
“Na venda de seguro e previdência, tem que saber algumas coisas do mercado financeiro. Acabei formando uma carteira de clientes do zero”, diz. O sucesso veio rápido e Lucas ficou entre os três maiores vendedores da empresa em Brasília. Na seguradora, ele ficou apenas nove meses.
Em julho de 2020 entrou em um banco como gerente. Foi na instituição financeira que ganhou conhecimento do mercado financeiro, relacionamento com investidor, acompanhamento de portfólio, gestão de patrimônio e captação de clientes. “Tive que olhar também mais de perto notícias de economia”, ressalta.
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Top 100
Mas em março de 2023 decidiu largar o banco e no mês seguinte tornou-se assessor de investimentos. No primeiro ano, já figurou na lista dos melhores assessores de investimentos da rede XP, sendo nomeado Top 100. “Em pouquíssimo tempo consegui ser contemplado. Fui muito intenso como assessor”, diz. Atualmente, Lucas tem R$ 128 milhões sob gestão.
Lucas se sente hoje feliz na Versate Capital, empresa credenciada à XP e na qual é sócio. “Essa questão salarial, desde que me formei e fui para o mercado de trabalho atuar, era o que mais me frustrava”, conta.
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“Sempre amei engenharia, amei falar com o pessoal de chão de fábrica, resolver problema, trazer resultado para a empresa, fazer redução de custo, mas no final do mês não tinha a mesma recompensa”, complementa. Ele também não se sentia muito valorizada. No escritório de investimentos ele faz seu próprio caminho.
“Tem que se aperfeiçoar todo dia, saber o que está acontecendo em nossa economia porque isso vai refletir em todos os investimentos”, destaca. Para ele, é essencial entender o que o cliente quer. Para o assessor, há muitas oportunidades de investimentos para o cliente.
“O que faz ser lembrado (pelo cliente) é esse contato diário. Essa proximidade que faz com que esse contato não esfrie”, ensina.
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