Desde outubro, as empresas brasileiras anunciaram R$ 124,1 bilhões em dividendos, segundo levantamento do Itaú BBA. Desse total, R$ 52,9 bilhões devem ser pagos até o fim de 2025 e R$ 57,8 bilhões ao longo de 2026.
O gatilho para os anúncios é a mudança tributária aprovada pelo governo federal. A partir de 2026, dividendos acima de R$ 50 mil por mês serão tributados em 10%. Além disso, rendimentos superiores a R$ 600 mil por ano, somando todas as fontes tributáveis, terão incidência mínima de imposto.
Para o banco, o fluxo de dividendos funciona como um vetor positivo de curto prazo para o mercado e, no horizonte mais longo, estratégias focadas em dividendos superaram os principais índices no Brasil.
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Entre as empresas com maior volume financeiro anunciado desde o quarto trimestre de 2025, os destaques são Vale (VALE3), com R$ 15,3 bilhões, Petrobras (PETR3, PETR4), com R$ 12,2 bilhões, e Ambev (ABEV3), com R$ 11,5 bilhões.
Já no critério de dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação), lideram Direcional (DIRR3), com 9,2%, seguida por SYN (SYNE3) e Cyrela (CYRE3), ambas com 8,6%.
No recorte setorial, financeiras, materiais e consumo básico concentram os maiores volumes distribuídos. Em termos de retorno percentual, saúde, materiais e financeiro aparecem com os yields mais elevados.
Mais dividendos à frente
O Itaú BBA vê espaço para novos anúncios relevantes nos próximos meses. Segundo o banco, cerca de 20 empresas ainda podem anunciar dividendos com yield acima de 5%, com destaque para os setores financeiro e imobiliário.
Além disso, o ritmo de anúncios acelerou de forma significativa: os R$ 124,1 bilhões divulgados no quarto trimestre de 2025 superam com folga os R$ 55 bilhões do trimestre anterior e os R$ 92,2 bilhões do mesmo período de 2024.
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