A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a solicitar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para a realização de uma cirurgia considerada urgente.
Segundo os advogados, o quadro de saúde do ex-presidente evoluiu nos últimos dias e passou a exigir intervenção imediata.
Bolsonaro, que está preso desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal, cumpre pena de 22 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado. O novo pedido foi protocolado nesta segunda-feira (15) e reforça solicitações feitas anteriormente pela defesa.
Segundo os advogados, Bolsonaro precisa ser submetido a uma herniorrafia inguinal bilateral, além de outros procedimentos de menor complexidade. A argumentação é baseada em exames de imagem recentes e em um novo relatório médico que, segundo a defesa, aponta agravamento objetivo do quadro clínico.
Na sexta-feira (12), Moraes autorizou que Bolsonaro fosse examinado por um médico para a realização de uma ultrassonografia. Um dia antes, o ministro também determinou que a Polícia Federal providencie uma perícia médica no prazo de até 15 dias, para avaliar a real necessidade de intervenção cirúrgica.
No novo pedido, a defesa afirma que os sintomas de dor e desconforto se intensificaram, sobretudo em razão de crises recorrentes de soluço.
“O quadro não se trata de uma hipótese remota ou de caráter meramente preventivo”, afirmam os advogados no documento enviado ao STF. Segundo eles, a postergação da cirurgia expõe Bolsonaro a risco concreto de agravamento súbito, internação emergencial e complicações cirúrgicas evitáveis.
Além da autorização para o procedimento, os advogados reiteraram o pedido de concessão de prisão domiciliar humanitária. Conforme os relatórios médicos anexados à solicitação, as cirurgias indicadas demandariam internação imediata, com previsão de permanência hospitalar entre cinco e sete dias.
Cabe agora ao ministro Alexandre de Moraes analisar o novo pedido à luz dos laudos apresentados e da perícia médica já determinada pelo STF.
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