CEO do YouTube admite limitar uso de redes sociais dos filhos

Neal Mohan, CEO do YouTube, juntou-se à lista de líderes da tecnologia que admitem restringir o uso das redes sociais dos próprios filhos, em meio ao aumento de preocupações sobre os efeitos da internet na saúde mental de crianças e adolescentes.

O executivo é o líder do YouTube desde 2023 e foi eleito CEO do Ano de 2025 pela revista Time, e em entrevista à publicação, confirmou que os filhos têm acesso controlado a plataformas digitais.

“Limitamos o tempo que eles passam no YouTube e em outras plataformas e outras formas de mídia. Durante a semana, tendemos a ser mais rigorosos; nos fins de semana, menos. Não somos perfeitos, de forma alguma”, afirmou, em um vídeo do TikTok publicado pela revista na última quinta-feira (11).

Pai de três filhos, Mohan afirmou que a regra familiar é simples: “tudo com moderação”. A filosofia, segundo ele, vale para qualquer plataforma digital.

O tema também se tornou pauta de políticas públicas: a Austrália se tornou o primeiro país a proibir o uso de redes sociais por menores de 16 anos, na última semana. Antes mesmo da aprovação da lei, uma pesquisa da YouGov mostrou que 77% dos australianos apoiavam a medida, apesar da implementação ainda enfrentar resistência.

Em outra conversa com a Time, Mohan disse sentir uma “responsabilidade primordial” em relação aos jovens, reforçando como é essencial oferecer aos pais uma ferramenta de controle sobre o que os filhos consomem online. O executivo lembrou que o YouTube Kids, criado em 2015, foi desenvolvido com esse propósito.

De acordo com ele, a plataforma busca “facilitar para todos os pais” o gerenciamento do conteúdo acessado pelas crianças “de uma maneira adequada à sua família”, já que cada lar tem seu próprio modo de lidar com a tecnologia.

Limites dos criadores

Outros gigantes da tecnologia adotam políticas semelhantes dentro de casa. A ex-CEO do YouTube, Susan Wojcicki, afirmou à CNBC em 2019 que também proibia os filhos de navegar sem limites.

“Permito que meus filhos mais novos usem o YouTube Kids, mas limito o tempo que passam lá”, disse. “Acho que tudo em excesso faz mal”.

O cofundador da Microsoft, Bill Gates, também seguiu um padrão restritivo. “Não temos celulares à mesa durante as refeições. Não demos celulares aos nossos filhos até que eles tivessem 14 anos, e eles reclamaram que outras crianças já tinham celulares antes”, contou anos atrás.

Já o bilionário Mark Cuban foi além: instalou roteadores Cisco e utilizou softwares de gerenciamento para acompanhar o que os filhos faziam no celular e bloquear aplicativos considerados inadequados.

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