As ações da petroleira Brava (BRAV3) registram o seu sexto pregão seguido de alta. Neste período, os papéis passaram de R$ 13,43, para R$ 16,07, um avanço de 19,66%; às 13h40 (horário de Brasília), BRAV3 subia 3,68%.
Cabe destacar que cerca de 21% do free float está atualmente alugado, o que levanta a hipótese de um short squeeze — movimento técnico que força investidores vendidos a recomprar ações a qualquer preço, impulsionando ainda mais a alta. Mas há mais motivos do que isso.
Nesta semana, o noticiário foi movimentado para a companhia, principalmente por conta de fusões e aquisições.
Na terça-feira (16), antes do fechamento do mercado, o Pipeline, do Valor Econômico, publicou uma matéria relatando duas informações importantes para a Brava.
De acordo com o artigo: (i) a Brava estaria negociando a venda dos ativos Recôncavo, Peroá e Manati para a Eneva (ENEV3), com o valor potencial da transação estimado em US$ 450 milhões; e (ii) a Ecopetrol está considerando uma possível oferta por 15% do capital da Brava, seguida por uma “oferta pública de aquisição pro rata” no mercado aberto para atingir uma participação controladora de 50% na empresa.
Foi observado que várias condições precedentes podem impedir que essas transações se concretizem.
A companhia negou a existência de tratativas para negociações. O JPMorgan apontou que, embora a Brava tenha negado publicamente esses relatos e nenhuma das transações tenha sido formalmente confirmada, se validadas em algum momento, esses desenvolvimentos seriam amplamente positivos para a petroleiras, pois fortaleceriam a base de ativos, direcionando-os para ativos offshore essenciais, fortaleceriam o balanço patrimonial e poderiam também trazer um novo acionista de referência para sustentar os preços das ações (no caso do investimento da Ecopetrol). O banco reiterou recomendação de compra para BRAV3, negociada a avaliações atrativas.
Para a XP, a avaliação de US$ 450 milhões citada parece elevada para os principais ativos de produção de gás da Brava. Se o negócio fosse fechado nesses níveis, provavelmente será lucrativo para os acionistas da Brava (supondo que o valor não inclua pagamentos contingentes ou diferimentos significativos).
Embora esses ativos sejam os principais ativos de gás da Brava, eles não são puramente relacionados ao gás, já que o petróleo representa cerca de metade das receitas, destaca a XP. Combinados, os três ativos representam 5% da produção de petróleo da Brava e 73% da produção de gás (18% da produção total). Em relação à possível oferta da Ecopetrol, uma oferta de terceiros interessados nas ações da Brava também provavelmente impulsionaria um desempenho positivo para as ações.
Ainda nesta semana, o diretor financeiro da petrolífera afirmou que a companhia tem sido muito procurada por agentes de mercado interessados em avaliar possíveis operações de fusões e aquisições e que a companhia está atenta a eventuais oportunidades de negócios.
A companhia também participou de evento nesta semana, em que destacou aumento de investimentos com impulso de novos poços. A petroleira prevê investir US$ 550 milhões em 2026, sendo dois terços em sua estratégia de expansão, que prevê a perfuração de quatro poços entre 2026 e 2027, e o restante em manutenção, afirmou o diretor financeiro da petroleira brasileira, Luiz Carvalho, na última quarta-feira.
Para este ano, a projeção dos investimentos é de cerca de US$ 500 milhões, segundo estimativas da companhia.
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