
A trader Tati Stefani, conhecida também como Tati Nomalismo, vai embarcar em uma nova fase: rodar a Europa de motorhome enquanto mantém sua rotina de operações no mercado brasileiro.
A decisão de deixar a sua rota tradicional que vai do Ushuaia ao Alasca e partir rumo ao Velho Continente não foi por acaso. “Tínhamos a ideia de fazer uma coisa um pouco mais diferente, então a gente foi por esse lado”, explica Tati.
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O seu “sobrenome” Nomalismo nasceu da fusão entre duas ideias que definem bem o estilo de vida de Tati: o nomadismo e o minimalismo. “A gente viajava de moto, então tinha que ser minimalista. Eu fiz a junção do nômade com o minimalismo”, explica. Desde então, o conceito virou marca registrada de sua trajetória sobre rodas.
Roteiro, logística e desafios
Tati não traçou um roteiro para essa aventura. A ideia é seguir com liberdade, ajustando o trajeto conforme as experiências e oportunidades surgirem. Ainda assim, alguns destinos são certos no caminho. “A gente não tem um roteiro de fato, mas assim, são os extremos, sabe, pra gente poder pegar de tudo um pouco”, explica.
A jornada deve durar de três a cinco anos, rodando por diferentes países da Europa e até da Ásia. “A gente pretende ir pra Tailândia também, então passar pro lado de lá, para a Ásia”. Entre as metas pessoais, uma se destaca: presenciar a aurora boreal. “Ali é um lugar que a gente vai querer dar uma passada com certeza”, afirma.
Para isso, Tati vem pesquisando as melhores cidades e rotas para alcançar esse fenômeno natural, considerando até deslocamentos aéreos para facilitar o acesso às regiões mais remotas do norte da Noruega.
Ao longo do caminho, alguns destinos já estão garantidos, como Dinamarca, Suécia, Finlândia, Itália, Suíça, Ibiza (Espanha) e apreciar as praias de Portugal. Esses destinos funcionam como âncoras de uma viagem que, acima de tudo, valoriza a diversidade de paisagens, culturas e experiências únicas.
A jornada de Tati rumo à Europa começou pela preparação do motorhome para cruzar o Atlântico. O veículo foi despachado em um contêiner no dia 19 de maio a partir do Uruguai e tem chegada prevista para o porto de Hamburgo, na Alemanha, no dia 23 de junho. “Foi muito simples, eu achei até que ia ser mais complicado”, conta.
Tati e seu marido Luiz embarcam no dia 12 de junho rumo a Londres, onde passará alguns dias na casa de um ex-aluno — hoje trader profissional. “A gente vai ficar na casa dele até o dia 21 de junho, passeando lá por Londres, pra gente se adaptar também”, relata. No dia 21, ela e o marido pegam um voo para Hamburgo, onde encontrarão o motorhome já desembarcado.
Ao falar sobre as dificuldades que podem surgir na Europa, Tati é clara ao dizer que o clima será, sem dúvida, um dos maiores ajustes. “São três meses de verão e o resto é frio ou muito frio”, resume.
Ainda assim, ela se diz preparada para encarar o desafio. O motorhome está equipado com aquecimento a diesel, e o casal leva roupas térmicas específicas para o frio intenso. “É só você ter uma roupa apropriada na verdade para aquele momento. A gente está bem estruturado tanto pro frio quanto pro calor”, explica.
A adaptação cultural também faz parte do plano, especialmente no quesito idioma. Embora o inglês ainda não seja fluente, Tati aposta na vivência para aprender. “Você vai aprender enquanto você está pelos locais”, afirma, sem ansiedade. O espírito é o mesmo que move toda a viagem: se adaptar, experimentar e seguir em frente.
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Trade na estrada
Mesmo em viagem, Tati seguirá operando o mercado futuro de dólar no Brasil. “Eu opero o dólar. Eu acho que vou fazer só isso mesmo até por conta do horário”, diz. Com o fuso europeu favorecendo — as operações irão começar entre 12h e 14h no horário local (9h horas horário de Brasília) —, ela consegue manter sua rotina de trabalho e ainda aproveitar o dia para explorar novos destinos.
Sua sala educacional segue ativa e com novidades. Durante todo o mês de junho, o acesso está liberado gratuitamente. “Junho vou estar com a sala aberta mesmo eu indo pra lá”, explica. O link de acesso é compartilhado diariamente nos stories do seu perfil no Instagram, e o grupo no WhatsApp centraliza os avisos, conteúdos e ajustes de agenda.
A rotina da sala se mantém: transmissões ao vivo três vezes por semana, segunda, terça e quarta das 8h40 às 10h30 (horário de Brasília), com foco total em análise gráfica, disciplina e construção de consistência. “É uma sala totalmente educacional, onde eu vou explicar pra eles por que que eles vão entrar naquela operação. Isso tanto para o dólar quanto para o índice”, reforça.
No seu operacional, Tati adota uma abordagem técnica com base em análise gráfica, utilizando apenas três indicadores principais, média móvel de 20 períodos, média móvel de 200 períodos e Bandas de Bollinger.
As médias ajudam a identificar tendências, enquanto as bandas de Bollinger são usadas principalmente para definir saídas. “Quando eu estou numa operação e o mercado começa a voltar pra dentro da banda no sentido oposto, já é sinal de saída”, explica.
Tati é direta quanto à sua abordagem com os alunos: nada de promessas fáceis. “Eu não vou mostrar valores absurdos de ganho. O trade em primeiro momento tem que ser uma segunda renda”. A disciplina e a construção gradual de resultados fazem parte de sua filosofia.
Para acompanhar de perto essa nova etapa da viagem da Tati pela Europa pode seguir ela no Instagram (@nomalismobr), onde ela irá compartilhar os bastidores da rotina nômade nos stories e no feed.
Além disso, o canal no YouTube NomalismoBR trará vídeos com experiências, curiosidades, trechos da estrada e, claro, os desafios e aprendizados de viver e operar como trader na estrada.
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