O ex-presidente Jair Bolsonaro completa, nesta segunda-feira (22), 30 dias preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O período é marcado por isolamento, restrições de visitas, pedidos reiterados da defesa por prisão domiciliar humanitária e, agora, pela autorização judicial para a realização de uma nova cirurgia.
Bolsonaro foi preso preventivamente em 22 de novembro, após a Polícia Federal apontar tentativa de violação da tornozeleira eletrônica com o uso de um ferro de solda. O pedido foi acolhido pelo ministro Alexandre de Moraes, que identificou risco concreto de fuga.
Três dias depois, em 25 de novembro, a prisão preventiva foi convertida em cumprimento definitivo de pena, com o trânsito em julgado da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado. Desde então, o ex-presidente passou a cumprir 27 anos e 3 meses de prisão nas dependências da PF.
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Rotina restrita
Ao longo do primeiro mês de detenção, Bolsonaro permaneceu em uma sala da Superintendência da PF, com acesso restrito a familiares, advogados e profissionais de saúde previamente cadastrados. Entre os familiares, apenas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os filhos Carlos, Flávio e Laura estiveram com ele.
O senador Flávio Bolsonaro foi recebido quatro vezes e afirmou publicamente ter sido escolhido pelo pai como seu nome para a disputa presidencial de 2026.
Alimentação especial e acompanhamento médico
Desde o início da prisão, a defesa argumenta que o estado de saúde do ex-presidente exige cuidados específicos. Bolsonaro passou a consumir apenas alimentos preparados por Michelle Bolsonaro, após autorização do STF. Moraes permitiu o recebimento de “alimentação especial” externa, com entrega feita por três pessoas previamente cadastradas, sob fiscalização da Polícia Federal.
Até agora, o STF tem mantido a linha de que os cuidados de saúde podem ser prestados sem a concessão de benefícios adicionais, enquanto autoriza medidas pontuais para mitigar o impacto da prisão sobre o estado clínico do ex-mandatário.
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