Após registrar o topo histórico em R$ 42,77 no fim de abril, as ações da BB Seguridade (BBSE3) iniciaram um movimento consistente de realização de lucros, que se estende por três semanas consecutivas de baixa no gráfico semanal. A pressão vendedora tem ganhado força, colocando o ativo abaixo das principais médias móveis e aproximando-o de suportes técnicos relevantes.
No mês de junho, a ação acumula perda de 5,92%, devolvendo parte da valorização registrada no início do ano — embora ainda sustente uma alta de 3,54% no acumulado de 2025.
Neste cenário, o papel pode até ensaiar um repique de curto prazo, mas segue sem sinais claros de reversão. A perda de regiões de suporte nos próximos dias pode abrir espaço para quedas mais profundas, enquanto uma recuperação mais robusta exigirá o rompimento de resistências importantes e a reconquista das médias móveis.
Para entender até onde o preço das ações de BBSE3 pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica BBSE3
No gráfico diário, BBSE3 segue operando em tendência de baixa, negociando abaixo das médias de 9, 21 e 200 períodos. Apesar de ter fechado a última sessão com uma leve alta de 0,46%, o comportamento do ativo ainda reflete um cenário técnico fragilizado.
No mês de junho, a ação acumula desvalorização de 5,92%, mas ainda registra alta de 3,54% no acumulado de 2025. O candle positivo mais recente indica possibilidade de repique, mas esse movimento só será validado com o rompimento da máxima da última sessão. Caso contrário, uma perda da mínima tende a renovar o movimento de baixa.
Para retomar força compradora no curto prazo, o ativo precisa superar a região de resistência formada pelas médias e pelos níveis de R$ 35,39 / R$ 35,90. Rompendo essa faixa, os próximos alvos estão em R$ 36,67 / R$ 37,21 e, posteriormente, em R$ 40,57 / R$ 41,54.
Por outro lado, caso siga em queda, BBSE3 deve romper inicialmente o suporte imediato em R$ 34,94 / R$ 33,89, abrindo espaço para buscar as regiões de R$ 33,00 / R$ 31,33, com alvo mais longo em R$ 30,35 e R$ 29,12.
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Análise de médio prazo
No gráfico semanal, o cenário técnico também aponta para um movimento de correção mais amplo. Após alcançar o topo histórico em R$ 42,77, a ação iniciou um ciclo de baixa, operando há três semanas consecutivas no negativo — caso a semana atual se confirme em queda.
Atualmente, BBSE3 negocia abaixo das médias móveis, com certo afastamento delas, o que indica uma perda de força compradora. A ação fechou maio em queda e acumula perda de 5,92% em junho, apesar de ainda sustentar uma valorização de 3,54% em 2025.
O IFR (14) no gráfico semanal está na região de 40,04, uma zona considerada neutra, sem indicar sinais claros de reversão por enquanto. O papel pode até ensaiar um repique técnico, mas ainda não há sinal concreto de recuperação.
Para que o movimento de baixa continue, é necessário romper a zona de suporte em R$ 34,94 / R$ 33,55. Abaixo dessa faixa, os próximos níveis de suporte ficam em R$ 31,33 / R$ 29,12, com alvos mais longos na média de 200 períodos em R$ 27,10 e na importante região de R$ 26,33.
Já para retomar a tendência de alta no médio prazo, BBSE3 precisa recuperar a região das médias, atualmente entre R$ 37,78 / R$ 38,50. Acima disso, há espaço para buscar R$ 41,54 e eventualmente romper o topo histórico em R$ 42,77 — o que, se ocorrer, poderia abrir caminho para novas máximas.
Suportes e resistências da BBSE3
Suportes:
- R$ 34,94 – R$ 33,89 – Faixa de suporte de curto prazo; perda pode reforçar o movimento de baixa.
- R$ 33,00 – R$ 31,33 – Região intermediária; pode servir como zona de parada ou repique.
- R$ 30,35 – Alvo técnico após rompimento de suportes anteriores; importante suporte projetado.
- R$ 29,12 – Suporte forte no gráfico diário e semanal.
- R$ 27,10 – Média móvel de 200 períodos no semanal; suporte estrutural relevante.
- R$ 26,33 – Suporte de longo prazo; região que pode funcionar como piso em tendência estendida de baixa.
Resistências:
- R$ 35,39 – R$ 35,90 – Primeira resistência de curto prazo; coincide com médias móveis.
- R$ 36,67 – R$ 37,21 – Região intermediária; alvo natural de repiques técnicos.
- R$ 37,78 – R$ 38,50 – Faixa das médias móveis no gráfico semanal; precisa romper para sugerir reversão.
- R$ 40,57 – R$ 41,54 – Zonas de resistência mais forte; exigem maior força compradora.
- R$ 42,77 – Topo histórico; rompimento pode abrir espaço para novas máximas.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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