O Ibovespa consolida 2025 como um ano de forte recuperação e mudança de patamar técnico. Após um 2024 negativo, o principal índice da Bolsa brasileira acumula alta superior a 31% no ano, movimento que recolocou o mercado acionário doméstico em tendência clara de valorização.
Ao longo do ano, o índice superou resistências históricas importantes, rompendo com consistência as faixas dos 150 mil e 160 mil pontos, e passou a negociar em níveis inéditos. Até novembro, o Ibovespa registrou nove meses de alta e apenas dois de queda, evidenciando a predominância do fluxo comprador e a sustentação do movimento ao longo do tempo.
Em dezembro, o índice passa por um período de acomodação, próximo da estabilidade, enquanto permanece operando nas proximidades do topo histórico, em um cenário que combina força estrutural, realização pontual de lucros e sinais técnicos que pedem atenção para os próximos movimentos.
Para entender até onde o preço do Ibovespa (IBOV) podem ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica Ibovespa (IBOV)
No longo prazo, a leitura pelo gráfico mensal segue amplamente construtiva. O Ibovespa negocia acima das principais médias móveis, o que confirma o forte ímpeto comprador observado ao longo de 2025. O movimento recente permitiu ao índice renovar máximas e se aproximar novamente da região do topo histórico em 165.035 pontos, faixa técnica decisiva. A superação consistente desse patamar pode destravar novas projeções de alta e renovar o fôlego comprador para o índice nos próximos meses.
Apesar do viés positivo, o cenário exige cautela. O movimento de alta encontra-se esticado, com afastamento relevante das médias móveis e o IFR (14) em zona de sobrecompra, fatores que aumentam a probabilidade de movimentos corretivos ou períodos de consolidação no curto prazo.
Ainda assim, esses sinais não indicam, por ora, reversão de tendência. No gráfico mensal, os principais suportes estão em 155.187 pontos, 149.635 pontos, 141.563 pontos, 131.550 pontos e 118.222 pontos, com um alvo mais longo na região dos 111.598 pontos.
As resistências concentram-se em 158.690 pontos e na máxima histórica em 165.035 pontos, com alvos projetados em 169.975 pontos, 174.400 pontos, 178.840 pontos e, em um cenário mais estendido, na faixa dos 184.325 pontos.

Saiba mais:
Análise de médio prazo
No médio prazo, o gráfico semanal confirma a força da tendência. O Ibovespa apresentou forte ímpeto comprador nas últimas semanas, movimento que levou o índice novamente à região do topo histórico, uma importante faixa de resistência. Após renovar a máxima em 165.035 pontos, observa-se uma correção pontual, típica de movimentos mais esticados, sem perda estrutural do viés positivo.
Ainda assim, vale atenção ao fato de o índice negociar afastado das médias móveis, com o IFR (14) em zona de sobrecompra, o que abre espaço para correções adicionais ou períodos de lateralização no curto prazo.
Para que um movimento de baixa ganhe maior consistência no médio prazo, seria necessário, inicialmente, o rompimento da região das médias móveis, o que não ocorre até o momento. Pelo gráfico semanal, os principais suportes estão em 156.350 pontos, 154.058 pontos, 149.635 pontos, 146.173 pontos, 140.231 pontos e, em um cenário mais longo, na região dos 131.550 pontos.
As resistências seguem em 160.766 pontos e na máxima histórica em 165.035 pontos, com alvos projetados em 167.386 pontos, 170.960 pontos, 172.745 pontos e 176.740 pontos.

Suportes e resistências
Ibovespa (IBOV)
Com base na região atual de negociação, próxima aos 158.800 pontos, o Ibovespa conta com:
- Suportes de curto prazo em 156.350 pontos (1), 154.058 pontos (2) e 149.635 pontos (3);
- Resistências de curto prazo em 160.766 pontos (1), na máxima histórica em 165.035 pontos (2) e em 167.386 pontos (3).
- Suportes de médio prazo em 146.173 pontos (1), 140.231 pontos (2) e 131.550 pontos (3);
- Resistências de médio prazo na máxima histórica em 165.035 pontos (1), com alvos projetados em 169.975 pontos (2) e 174.400 pontos (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
Guias de análise técnica:
- O que é uma linha de tendência na análise gráfica?
- O que são médias móveis e como usá-la para estratégia de Trade
- Bandas de Bollinger: como usar e interpretar?
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