A trajetória de Marcelo do Fluxo Real no mercado se consolidou a partir de uma proposta que rompe com as fronteiras entre escolas tradicionais de análise.
Enquanto a maior parte dos traders se define como “grafista” ou “operador de fluxo”, Marcelo desenvolveu um modelo híbrido que combina padrões técnicos, leitura algorítmica e rastreamento da entrada de dinheiro.
Além disso, essa abordagem nasceu da necessidade de construir uma metodologia clara, replicável e visual — capaz de reduzir a impulsividade e elevar a assertividade operacional.
Nesse contexto, Marcelo do Fluxo Real concedeu uma entrevista ao InfoMoney durante o evento Profit Summit, na qual detalhou como consolidou sua leitura de mercado, estruturou seu setup e criou um ambiente pensado para que traders — iniciantes ou experientes — operem com maior disciplina e consistência.
A lógica por trás do Fluxo Real
Segundo Marcelo, a essência de seu método está em reconhecer a força do dinheiro por trás de qualquer padrão técnico. Ele explica que não levanta bandeiras entre análise técnica, fluxo ou até mesmo SMC; ao contrário, busca o que cada escola tem de mais eficiente e incorpora ao seu modelo.
Como resultado, essa integração cria um filtro operacional que, de acordo com ele, melhora sensivelmente o timing de entrada e reduz a margem de erro. Para Marcelo, a diferença central está em sustentar qualquer técnica a partir do movimento dos players, e não apenas da formação gráfica.
Ao detalhar o processo, ele reforça que a metodologia foi construída após anos de estudo e testes com algoritmos, sempre com foco em mapear a atuação dos participantes relevantes e transformar esse comportamento em leitura visual.
“Eu acabo pegando o que tem de melhor, faço uma compilação própria, um método operacional próprio. Então no final das contas eu posso até de certa forma definir que o Fluxo Real, para o trade que já sabe operar, a gente vai alavancar o resultado, e para o tarder que está aprendendo a operar é uma camisa de força” afirma.
Confluência técnica e leitura de players
Além da integração entre diferentes linguagens do mercado, Marcelo destaca que seu operacional depende de reconhecer quando o dinheiro apoia um padrão — e não o contrário.
Nesse sentido, ele argumenta que a presença consistente de compradores ou vendedores tende a validar qualquer estrutura técnica, desde suportes e resistências até padrões mais avançados.
Isso, segundo ele, aumenta a previsibilidade dos movimentos, reduz ruídos e permite identificar direções mais claras mesmo em cenários de volatilidade.
Ainda assim, Marcelo ressalta que essa leitura não foi construída da noite para o dia. Foram anos desenvolvendo algoritmos, testando otimizações antes de compreender a mecânica real dos players dentro do fluxo.
“Eu tenho aí, posso falar por baixo, dez, quinze milhões de algoritmos criados por mim, e desses dez, quinze milhões eu uso quantos? Dois”, observa.
Tela como disciplina e proteção emocional
Além da técnica, Marcelo enfatiza que sua tela foi pensada para combater um dos maiores sabotadores do trader: o dia de fúria.
O modelo visual, segundo ele, funciona como uma espécie de “camisa de força emocional”, impedindo decisões impulsivas e tirando o ego do processo.
A clareza gráfica permite que operadores identifiquem rapidamente o lado dominante do mercado, mesmo em momentos de estresse, cansaço ou instabilidade emocional.
De maneira complementar, Marcelo explica que esse desenho operacional reduz a dependência de “feeling” e oferece um caminho replicável para diferentes perfis.
Por isso, ele reforça que a tela tende a ser mais eficiente do que qualquer indivíduo isolado — especialmente em dias em que fatores pessoais afetam o desempenho.
“A tela, ela sempre está mais certa do que eu. Eu no longo prazo não vou conseguir ser um cara vencedor. Então a gente basicamente tira o ego da análise e deixa o mercado da forma mais pura possível”, conclui.
Iniciantes como público estratégico
Apesar disso, Marcelo afirma que iniciantes tendem a se adaptar rapidamente ao método. Isso ocorre porque o modelo exige menos bagagem técnica inicial e se apoia fortemente na leitura visual de fluxo e gráfico.
Segundo ele, a simplicidade aparente da tela acelera o processo de aprendizado para quem ainda não desenvolveu vícios ou crenças limitantes comuns entre traders mais antigos.
Além disso, Marcelo argumenta que o iniciante de hoje encontra um cenário mais favorável do que o de sua própria formação: custos menores, plataformas mais eficientes e educadores dispostos a guiar o processo.
Embora isso reduza o tempo necessário para atingir maturidade operacional, ele alerta que nada disso substitui a dedicação diária.
“Eu falo isso direto: a gente está no mercado, é o dinheiro fácil mais difícil do planeta, ou chega com vontade de estudar ou vai virar sócio” alerta.
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