A Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, anunciou nesta quarta-feira (17) a venda do Midway Mall por um valor total de R$ 1,61 bilhão, sujeito aos ajustes usuais desse tipo de transação. Do total, R$ 805 milhões serão pagos em caixa, enquanto o saldo será quitado em 29 de dezembro de 2025 por meio da antecipação das parcelas futuras, descontadas a IPCA +10,57% ao ano ou NTN-B 2028 +2,05% ao ano, o que for maior. Às 10h21, as ações da varejista subiam 8,18%, a R$ 11,11.
Em paralelo à operação, a varejista anunciou a distribuição de R$ 1,488 bilhão aos acionistas, entre dividendos e juros sobre o capital próprio, implicando um rendimento de aproximadamente 28% aos preços atuais.
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A XP Investimentos avalia o movimento como positivo e destaca que era esperado há muito tempo pelos investidores como um passo para simplificar a estrutura corporativa da Guararapes e focar nas operações principais, embora isso não tenha sido totalmente refletido na avaliação das ações.
A equipe da XP disse ter gostado da estratégia da Guararapes de aumentar a eficiência fiscal antes da possível tributação dos dividendos a partir do próximo ano, preservando a flexibilidade para financiar iniciativas estratégicas e planos de renovação/expansão de lojas, mantendo o controle da alavancagem.
O Bradesco BBI considera a operação positiva, pois otimiza o capital investido e reforça o foco nos negócios principais (varejo e serviços financeiros). Mesmo após o pagamento dos proventos, o banco prevê alavancagem saudável em torno de 1,0 vez, permitindo retomada do plano de expansão (150 a 200 novas lojas) e melhorias operacionais.
O BBI manteve visão construtiva para as ações GUAR3, com valuation atrativo pós-dividendos, P/L (Preço sobre Lucro) de 7,2 vez para 2026 e recomendação de compra. O preço-alvo é de R$ 13.
Embora a venda já fosse esperada após notícias anteriores na imprensa, o Itaú BBA acredita que os resultados financeiros são melhores do que o previsto, o que deve impulsionar uma reação positiva. As ações da GUAR são negociadas atualmente a 8,6 vezes o P/L para 2026, e o banco prevê que, após a transação, os investidores receberão um rendimento de dividendos de 28% e as ações da GUAR serão negociadas a 10,5 vezes o P/L para 2026. Com isso, o banco manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13.
O BTG também destaca que a venda do ativo já era esperada pelo mercado, dado o nível confortável de alavancagem financeira da companhia. O banco reiterou recomendação de compra para Guararapes, com preço-alvo de R$ 13, destacando fundamentos operacionais e valuation atrativo.
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