O dólar à vista subia ante o real nesta quinta-feira (18), enquanto investidores digerem os dados do índice de preços ao consumidor (CPI) de novembro nos EUA e do Relatório de Política Monetária do Banco Central. O cenário político doméstico também adicionava pressão à moeda brasileira, após a divulgação de uma nova pesquisa que apontou vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa eleitoral de 2026.
A inflação ao consumidor teve anual 2,7% em novembro, abaixo dos 3,1% esperados pelos economistas consultados pela Reuters. Na base mensal, o CPI subiu 0,2%, também abaixo da previsão do mercado.
Qual a cotação do dólar hoje?
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Às 10h32, o dólar à vista subia 0,27%, aos R$ 5,536 na venda. O contrato de dólar futuro para janeiro — atualmente o mais líquido no Brasil — avançava 0,31% na B3, aos R$ 5,550.
Às 11h30, o Banco Central realiza leilão de 16.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 2 de janeiro.
Na quarta-feira o dólar à vista encerrou em alta de 1,07%, aos R$5,5223.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,535
- Venda: R$ 5,536
O que aconteceu com dólar hoje?
Após emplacar a quarta alta consecutiva no Brasil na quarta-feira, voltando a superar os R$ 5,50, em meio a preocupações em torno da candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência em 2026, o dólar abriu em queda.
Uma nova pesquisa realizada pelo instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg mostrou que presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a liderar todos os cenários de segundo turno para a eleição presidencial de 2026. O levantamento indica melhora do desempenho do petista em relação a novembro e amplia sua vantagem contra os principais nomes da oposição.
O Banco Central projetou nesta quinta-feira uma atividade econômica mais forte do que o previsto anteriormente para este e o próximo ano, apontando ainda que a inflação deverá atingir o centro da meta de 3% apenas em 2028, permanecendo acima do alvo durante período decisivo de 2027.
Em seu Relatório de Política Monetária, a autarquia estimou que a inflação no país estará em 3,2% no terceiro trimestre de 2027. O período é considerado chave por agentes do mercado porque passará a ser considerado o horizonte relevante para atuação da política monetária na reunião que decidirá o nível da taxa Selic no início de 2026.
No exterior, o Banco Central Europeu deverá manter as taxas de juros inalteradas e demonstrar pouco interesse em cortes no curto prazo, em sua reunião de quinta-feira.
(Com Reuters)
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