Quanto você teria hoje se tivesse investido no Banco do Brasil (BBAS3) há dez anos?

Quem investiu em ações de grandes bancos brasileiros, como as do Banco do Brasil (BBAS3), ao longo da última década encontrou um cenário marcado por resiliência, adaptação e geração consistente de valor.

Mesmo em meio a crises econômicas, mudanças regulatórias e transformações profundas no sistema financeiro, instituições bem posicionadas conseguiram atravessar ciclos desafiadores e preservar a confiança do investidor — um contraste claro com a volatilidade típica de horizontes mais curtos.

Dentro desse contexto, os últimos dez anos foram positivos para quem manteve ações do Banco do Brasil (BBAS3) na carteira. Levantamento de Norberto Sangalli, assessor de investimentos da Nippur Finance, mostra que um aporte realizado no começo de 2015 teria acumulado uma rentabilidade de 321% uma década depois.

Na prática, isso significa que:

  • R$ 10 mil aplicados teriam se transformado em R$ 42.141;
  • R$ 20 mil, em R$ 84.282;
  • R$ 30 mil, em R$ 126.423.

Apesar de um retorno menos explosivo do que o observado em empresas ligadas a commodities ou energia, Sangalli destaca que o Banco do Brasil entregou solidez ao longo do período.

BBAS3 é um ativo de estabilidade. Ele não costuma gerar grandes saltos, mas oferece consistência operacional, lucro recorrente e dividendos relevantes, que acabam sustentando uma boa performance no longo prazo”, afirma.

Instituição financeira mais antiga em operação contínua no país

Fundado em 1808, o Banco do Brasil é a instituição financeira mais antiga em operação contínua no país e uma das maiores da América Latina. De capital misto, com controle da União, o banco atua de forma ampla em diferentes frentes do sistema financeiro, como:

  • crédito para pessoas físicas e jurídicas;
  • agronegócio;
  • investimentos;
  • cartões;
  • seguros e previdência;
  • gestão de ativos e serviços de tesouraria.

A instituição é reconhecida por sua forte presença no agronegócio, onde exerce papel central no financiamento da produção nacional. Além disso, opera com uma das maiores bases de clientes e redes de agências do sistema financeiro brasileiro.

No mercado de capitais, BBAS3 figura entre as ações de maior peso no Ibovespa. A elevada liquidez e o histórico robusto de lucros fazem do papel uma escolha recorrente entre investidores institucionais e fundos focados em dividendos.

Sangalli reforça a importância estrutural da companhia. “O Banco do Brasil é um pilar do sistema financeiro. Sua atuação no crédito, no agro e no varejo bancário dá a ele uma relevância enorme. É uma empresa que influencia diretamente o ritmo da economia e do próprio Ibovespa”, afirma.

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Rentabilidade consistente, mas com ciclos de volatilidade

Embora o período entre 2015 e 2025 tenha sido favorável, o Banco do Brasil atravessou desafios relevantes ao longo da última década. Entre eles, destacam-se:

  • crises fiscais e políticas que impactam bancos de controle estatal;
  • aumento da inadimplência em ciclos econômicos adversos;
  • mudanças no comando e na estratégia de negócios;
  • ajustes regulatórios no sistema financeiro.

Ainda assim, o banco conseguiu preservar níveis elevados de lucratividade e eficiência, destacando-se por indicadores de retorno sobre patrimônio entre os mais altos do setor bancário nacional.

Segundo Sangalli, esse desempenho equilibrado ajuda a explicar a preferência do investidor com perfil mais conservador pelo papel.

BBAS3 não é a ação que vai disparar em poucos meses, mas ela premia o investidor paciente com dividendos e crescimento moderado, porém constante. É uma ação que combina previsibilidade com boa governança e resultados sólidos”, diz.

Ainda atraente para o investidor de longo prazo

Entre os fatores que mantêm o Banco do Brasil como um ativo relevante no Ibovespa estão:

  • forte geração de caixa;
  • consistência nos lucros;
  • dividendos acima da média;
  • posição estratégica no agronegócio;
  • base de clientes ampla e diversificada.

Sangalli conclui destacando o papel da ação como elemento de equilíbrio em carteiras diversificadas.

“Quando o investidor pensa em montar uma carteira balanceada, com ações de risco moderado e previsibilidade de resultados, BBAS3 quase sempre aparece entre as opções. É uma peça essencial para quem busca estabilidade sem abrir mão de valorização ao longo do tempo”, afirma.

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