Um festival por dia do ano: essa é a média de eventos musicais ao vivo realizados em 2024 e capturados pela pesquisa “Festival, Tours & Music Events” da plataforma de conteúdo sobre cultura e tendências Nozy. Crescimento de 20% na comparação com 2023, o dado reforça o alta demanda por esse tipo de evento após a pandemia.
Foram 364 festivais contabilizados no Brasil, mas o número pode ser ainda maior. O dado contempla apenas festivais cadastrados na plataforma Mapa dos Festivais.
O estado de São Paulo é o primeiro em número de festivais no País, com 98 eventos realizados, 16 a mais do que no ano anterior. No Rio de Janeiro, foram 46, um recuo contra os 47 de 2023, trajetória oposta de Minas Gerais, onde houve um saldo de seis festivais na comparação anual.
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Segundo a Nozy, os 364 festivais de 2024 mostram o “apetite reprimido do público e a retomada da aposta de produtores e marcas” nos festivais. Observa ainda que o resultado mostra uma tendência de descentralização das regiões dos eventos, embora lenta, com destaque para a região Norte, onde o crescimento em comparação com 2023 foi de 155%.
No Centro-Oeste, o aumento na quantidade de festivais foi de 60%, enquanto no Nordeste, 22%, no Sudeste, 14,6% e no Sul, 5%.
A oferta tem crescido acompanhada do preço. O valor médio do ingresso para ver os artistas favoritos em um evento desse tipo saltou de R$ 329 em 2023 para R$ 375,40 em 2024. Por outro lado, o número de festivais gratuitos passou de 32 para 76.
O aumento dos preços é tratado pelas pessoas ouvidas na pesquisa como a principal barreira aos festivais, com 50,3% das respostas. Line-ups pouco atrativos são o segundo colocado entre o que quebra o clima. Localização desfavorável, com 23,5%, e infraestrutura, com 16,5%, são outros dos problemas mencionados.
A pesquisa ouviu 1.617 pessoas em uma pesquisa qualitativa realizada no ambiente digital, veiculada nas redes sociais da plataforma Nozy. Dentro da amostra, 77% se identificam com o gênero feminino, 22% com o masculino e 1% são não-binários. Adultos de 26 a 35 anos compõe 40% da amostra, entre 19 e 25 anos são 38% e a faixa de 36 a 45 representa 12%. Pessoas de 12 a 18 anos são 5%, enquanto maiores de 46 são 3%.
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