
Na quinta-feira (26), o dólar à vista recuou 1,06%, fechando cotado a R$ 5,4984, com destaque para a decisão da Câmara dos Deputados de derrubar o decreto do governo Lula que aumentava o IOF sobre operações financeiras.
A medida foi recebida como um alívio pelo mercado, favorecendo a valorização do real em meio a um ambiente externo igualmente positivo, com o dólar perdendo força globalmente. O ministro Fernando Haddad afirmou que o governo avalia três possíveis reações à decisão: recorrer à Justiça, buscar novas fontes de receita ou cortar gastos.
No campo dos indicadores, o IPCA-15 veio abaixo do esperado, apontando desaceleração da inflação, o que reforçou a percepção de menor pressão sobre a política monetária. No exterior, o PIB dos EUA caiu mais do que o previsto, reforçando dúvidas sobre o ritmo da economia americana, apesar de alguns dados pontuais, como bens duráveis, virem acima do esperado.
Para os traders de minidólar, o pregão foi marcado por forte pressão vendedora, refletindo não só o ambiente local mais favorável à moeda brasileira, mas também a fraqueza do dólar no exterior. A combinação de fatores — descompressão fiscal momentânea com a derrubada do IOF, inflação abaixo das expectativas e dados mistos nos EUA — trouxe volatilidade e oportunidades para quem opera nos curtos prazos.
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Os contratos futuros de minidólar (WDON25), com vencimento em julho, encerraram a última sessão com forte queda de 1,42%, aos 5.483 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o ativo voltou a apresentar fraqueza, encerrando o dia abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos. O minidólar testou novamente a região de 5.480, que se mostra um suporte de alta relevância no curtíssimo prazo.
Para o pregão desta sexta-feira, os principais pontos de suporte estão em 5.480 (1), 5.461/5.456 (2) e 5.441/5.435 (3), enquanto as resistências se encontram em 5.499/5.507 (1), 5.521/5.530 (2) e 5.551/5.548 (3).
Para seguir em queda, será necessário romper esse patamar com volume vendedor consistente, o que pode abrir caminho para 5.461/5.456 e, em extensão, 5.441/5.435.
Já para retomar o movimento de alta, o ativo precisará superar a resistência em 5.499/5.507, mirando os próximos topos em 5.521/5.530 e 5.551/5.548.
No gráfico diário, a tendência ainda é de baixa, com o ativo sendo negociado abaixo das médias de 9 e 21 períodos, ambas com inclinação negativa. O minidólar testa neste momento a região crítica de suporte em 5.480, cuja perda poderá acionar um novo fluxo vendedor, mirando os suportes mais amplos em 5.377/5.341.
Por outro lado, uma recuperação só será confirmada com o rompimento da resistência em 5.611/5.631, o que poderia projetar o ativo para 5.676/5.698, com objetivo mais longo em 5.777,5 pontos. O indicador IFR (14) está em 36,59, próximo da região de sobrevenda, o que pode gerar tentativas de repique nos próximos pregões.

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Dólar futuro (WDON25): Gráfico de 60 minutos
Já no gráfico de 60 minutos, o minidólar reforça o viés de baixa após encerrar a última sessão abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que indica perda de força compradora no intraday. O ativo voltou para a faixa inferior da lateralização recente, testando novamente uma região de suporte que já havia servido como base para tentativas anteriores de recuperação.
Para dar continuidade ao movimento de queda, será necessário romper de forma clara e sustentada o suporte em 5.480, o que poderá destravar espaço para quedas adicionais com alvos em 5.446,5/5.431,5. Se esse movimento se intensificar, o próximo objetivo passa a ser a região crítica de 5.400,5/5.383,5, onde o mercado pode buscar novos pontos de equilíbrio ou iniciar repiques técnicos.
Por outro lado, caso haja reação compradora e o ativo volte a subir com força, será fundamental superar a resistência em 5.522/5.537,5, zona que concentra topos recentes e pode atrair fluxo comprador em caso de rompimento. Se vencida essa barreira, o minidólar poderá mirar as resistências seguintes em 5.564,5/5.579, com alvo mais ambicioso em 5.601/5.612, onde se posiciona a média móvel de 200 períodos.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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