
Na quinta-feira (26), o Ibovespa engatou recuperação e fechou em alta de 0,99%, aos 137.113,89 pontos, impulsionado pela combinação de fatores econômicos e políticos. A derrubada no Congresso do decreto que aumentava o IOF sobre operações cambiais e a divulgação de um IPCA-15 abaixo das expectativas animaram os mercados.
No cenário fiscal, o déficit do governo central e os dados de arrecadação também vieram melhores que o esperado, reforçando a percepção de que o Brasil continua atrativo entre os emergentes.
No exterior, mesmo com a confirmação da contração do PIB dos EUA no primeiro trimestre, os principais índices em Wall Street subiram, aliviados com o possível adiamento da entrada em vigor de tarifas comerciais.
Para os traders que operam o mini-índice, o pregão foi marcado por alívio técnico e entrada de fluxo comprador, com destaque para o desempenho positivo de ações como VALE3 (+3,01%), PETR4 (+0,80%) e dos papéis do varejo, impulsionados pela perspectiva de inflação mais controlada.
O mercado também reagiu bem à revisão da projeção de crescimento do PIB feita pelo Banco Central, o que sustenta a leitura de um ambiente econômico mais resiliente. Ainda assim, a cautela segue no radar com a expectativa de novos dados na sexta-feira (27) — incluindo taxa de desemprego do mês de maio no Brasil e inflação PCE de maio nos EUA — que podem reacender a volatilidade e definir o comportamento do índice futuro no curto prazo.
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Os contratos do mini-índice (WINQ25), com vencimento em agosto, encerraram a última sessão em alta de 0,85%, aos 139.360 pontos, após tentativa de reação da ponta compradora.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, a última sessão foi marcada pela tentativa de retomada da alta, com avanço sobre regiões de resistência importantes. Apesar da força compradora durante o dia, o ativo não sustentou o movimento e acabou fechando abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que exige cautela para o início do pregão de hoje.
Para esta sexta-feira, os principais níveis técnicos estão nos suportes em 138.775/138.390 (1), 137.790/137.540 (2) e 137.110/136.380 (3); enquanto as resistências se encontram em 139.860/140.160 (1), 140.730/141.100 (2) e 142.000/142.340 (3).
A faixa de suporte em 138.775/138.390 ganha relevância, pois sua perda pode reacender o fluxo vendedor, com alvos em 137.790/137.540 e, mais abaixo, em 137.110/136.380.
Para que o mini-índice continue o movimento altista, será necessário romper com volume a resistência em 139.860/140.160. Superando essa região, o ativo pode buscar as próximas faixas de resistência em 140.730/141.100, com objetivo mais longo na região de 142.000/142.340. A consolidação entre essas zonas de suporte e resistência deve ditar o ritmo do pregão, com foco nas reações diante dos rompimentos.
No gráfico diário, o cenário técnico segue com viés de correção no curto prazo. O ativo vem formando topos mais baixos e fechou novamente abaixo da linha de tendência de alta (LTA) e das médias móveis de 9 e 21 períodos, após testá-las como resistência. Apesar disso, testa agora a média de 200 períodos como suporte, ponto que historicamente pode gerar reação compradora.
A atenção se volta para o suporte em 137.390/136.800, que, se perdido, pode abrir espaço para quedas até 134.550/133.560 e 131.950/130.885.
Já para retomar a tendência de alta, será preciso vencer a resistência entre 139.900/141.000, com alvos em 143.030/143.710 e 145.080/145.630. O IFR (14) está em 46,38, em zona neutra.

Saiba mais:
WINQ25: Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o mini-índice fechou em alta, testando uma linha de tendência de baixa (LTB) e superando as médias móveis de 9 e 21 períodos. Apesar do avanço, a proximidade da LTB e das resistências técnicas pode atrair novamente a atuação da ponta vendedora, especialmente se houver perda do suporte.
Para o pregão de hoje, os níveis decisivos estão no suporte em 138.750/138.305 e na resistência em 139.965/140.400. O rompimento desta última poderá confirmar a continuidade da alta, com projeções em 141.100/142.000, e alvos mais longos em 142.950/143.370.
Por outro lado, se o ativo perder a faixa de 138.750/138.305, poderá buscar 137.760/137.110, com suporte mais profundo na região de 135.700/135.130.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
Guias de análise técnica:
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