Durante o último final de semana, mais de 2 mil cidades nos Estados Unidos foram marcadas por protestos que ficaram conhecidos como No Kings — ou ‘Sem Reis’, em uma tradução livre. Eles foram organizados em reação a um grande desfile militar promovido em Washington pelo presidente Donald Trump.
Ao mesmo tempo que o evento celebrou os 250 anos do exército norte-americano, ele também coincidiu com o aniversário do político. Assim, muitas pessoas — incluindo celebridades como Mark Ruffalo — decidiram protestar contra o que consideram como “atos ditatoriais” do comandante-chefe da nação.
Entenda os protestos do No Kings
Os protestos também surgiram como uma resposta a uma série de ações que vêm acontecendo desde a semana passada na cidade de Los Angeles. Boa parte da população local tem se mostrado resistente às ações do ICE (Immigration and Customs Enforcement), que tem recorrido a táticas semelhantes a sequestros para deportar imigrantes ilegais e prender cidadãos de origem latina.
- Segundo Mark Ruffalo, que protestou em Nova York, a democracia americana sofre um “perigo real”;
- Para ele, Trump se considera um ditador, e a oposição democrata “não é forte o suficiente para se posicionar contra a violação de nossos direitos e da Constituição que acontece todos os dias”;
- O apresentador Jimmy Kimmel se uniu aos atos de No Kings em San Francisco, afirmando que eles foram pacíficos e uniram pessoas que acreditam que os EUA “são uma força para o bem”.
- Nomes como Glenn Close, Anna Kendrick, Ayo Edebiri, Kery Washington, Gina Rodriguez, Amy Lee, David Arquette, Marisa Tomei, Sarah Silverman, Susan Sarandon, Julia Louis-Dreyfus e Natasha Rothwell também se juntaram aos protestos.
As manifestações foram especialmente intensas na cidade de Los Angeles, que se tornou um dos grandes palcos da luta contra as ações do ICE. Trump decidiu enviar 4 mil membros da Guarda Nacional para a cidade como forma de conter os protestos, algo que o governador Gavin Newson disse ser um ato ilegal que “afaga o ego de um presidente perigoso”.
Trump responde com novas ameaças
Em uma mensagem compartilhada em sua conta no Instagram, a atriz Glenn Close destacou o lado pacífico dos protestos. Segundo ela, o No Kings foi marcado pela “presença calma de milhões de americanos que se recusam a deixar que seu país amado e magnífico seja vendido para um aspirante a um rei/oligarca e a seus marionetistas implacáveis, cruéis e arrogantes”.
Em resposta, Trump decidiu intensificar suas ordens e políticas de deportação. Encarando os protestos como um ataque pessoal, ele afirmou que vai ampliar as ações do ICE, principalmente em cidades que são governadas por adversários ligados ao Partido Democrata.
Na rede Truth Social, ele afirmou que cidades como Los Angeles, Chicago e Nova York abrigam “milhões de imigrantes ilegais”. Elas serviriam como a “base de poder” dos democratas, que seriam “doentes da mente” e “cheios de ódio” pelas cidades do interior do país e por seus verdadeiros cidadãos.
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