Gol: após disparada nos primeiros dias, ativo GOLL54 cai mais de 40% nesta segunda

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Após saltar nos dois primeiros pregões, os papéis da Gol (GOLL54) registram sua primeira queda (e forte) nesta segunda-feira (16) desde a estreia. Às 12h30 (horário de Brasília), os ativos caíam 40,80%, a R$ 415.

Na sexta-feira (13), o BTG Pactual havia pontuado a forte discrepância entre o valor de tela e o valor intrínseco para as ações da aérea nas últimas sessões.

A Gol se tornou uma das empresas mais valiosas em valor de mercado do país na última semana, mesmo em meio aos cenários de dificuldades para a aérea em meio a uma recém-saída de recuperação judicial.

Cabe ressaltar que, após sair do Chapter 11 (espécie de recuperação judicial nos EUA), o Conselho de Administração da aérea aprovou um plano de capitalização de R$ 12 bilhões, que envolveu a emissão de 8,1 trilhões de ações ordinárias (a R$ 0,00029 por ação) e 968 bilhões de ações preferenciais (a R$ 0,01 por ação).

Devido a esses direitos de subscrição, em 12 de junho, as ações da companhia passaram a ser negociadas na B3 sob nova cotação (valor em reais por 1.000 ações), novo lote padrão de negociação (1.000 ações) e novos códigos de negociação (GOLL53 para ações ordinárias e GOLL54 para ações preferenciais).

O ativo GOLL54 estreou na última quinta-feira com salto de 406,30%, a R$ 52. No pós-mercado, os papéis chegaram a subir 1.885,88%, cotadas a R$ 204, cerca de 20 vezes superior aos R$ 10,29 registrados na abertura. Na sexta, o ativo saltou 250,48%.

Com isso, a Gol chegou a um expressivo valor de mercado implícito de R$ 240 bilhões, chegando a figurar entre as empresas mais valiosas do Brasil, maior que WEG (WEGE3), Localiza (RENT3), Rumo (RAIL3) e outras, mesmo com a empresa acabando de sair do Chapter 11.

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Conforme destacou o BTG Pactual na sexta, “algo claramente estaria fora do lugar”. Segundo a equipe de análise, isso se deveria, principalmente, ao volume muito baixo de negociação das ações, o que tem impedido o mercado de fazer uma avaliação adequada da companhia.

“Além disso, não descartamos a possibilidade de que a conversão em novas ações tenha gerado alguma confusão”, aponta.

O banco reforçou saber que o setor aéreo costuma envolver finanças complexas e que a Gol tem um histórico de estruturas financeiras complicadas, “mas desta vez até nós ficamos impressionados com o tamanho da distorção”, apontou.

Destacando o “curioso” caso da Gol, o BTG fez uma análise passo a passo sobre o que ocorreu com as ações e manteve recomendação de venda para os papéis. Isso porque avaliou que os papéis da Gol deveriam entrar em uma convergência para o valor intrínseco em algum momento.

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