Número de mortos sobe para 279 em acidente com Boeing 787 na Índia

Pelo menos 279 pessoas mortes foram confirmadas em decorrência da queda de um Boeing 787 da Air India na cidade indiana de Ahmedabad nesta quinta-feira, tornando-se o desastre aéreo mais mortal do mundo desde 2014, de acordo com um novo número de mortos divulgado neste sábado. Um total de 279 corpos ou restos mortais foram levados para o hospital da cidade no noroeste da Índia, disse uma fonte policial à AFP sob condição de anonimato.

O número anterior de mortos era de 265, incluindo passageiros, tripulantes e vítimas que morreram em solo quando o avião caiu.

“Vi meu filho pela primeira vez em dois anos, foi maravilhoso”, disse Anil Patel, cujo filho e nora viajaram do Reino Unido para vê-lo. “E agora, não há mais nada”, disse o homem, em prantos.

O voo 171 da Air India caiu na quinta-feira, menos de um minuto após a decolagem, às 13h39 (5h09 em Brasília), com destino ao Aeroporto de Gatwick, em Londres, de acordo com a Aviação Civil Indiana. A aeronave emitiu um sinal de socorro quase imediatamente após a decolagem, antes de cair em um bairro residencial de Ahmedabad, próximo ao aeroporto.

De acordo com a Aviação Civil Indiana, o Boeing 787 transportava 230 passageiros — 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense — e 12 tripulantes. Um dos passageiros, que estava sentado na parte da frente do avião, sobreviveu milagrosamente ao acidente.

“Ainda não consigo acreditar que saí vivo de lá”, disse Vishwash Kumar Ramesh, um britânico de 40 anos de origem indiana, à televisão indiana.

O novo número de mortos indica que 38 pessoas morreram em solo quando o avião caiu nos arredores do aeroporto de Ahmedabad e explodiu.

“Uma rajada de vento e fumaça varreu o cômodo onde estávamos comendo”, disse à AFP Mohit Chavda, médico e residente da casa de repouso atingida pelo avião. “Não conseguíamos nem ver quem estava sentado ao nosso lado, então saímos correndo de lá”, explicou.

“Passo importante”

O Ministro do Interior da Índia, Amit Shah, indicou que o balanço final do desastre seria publicado após a realização de toda a identificação de DNA das vítimas. Este acidente já é o mais mortal no mundo desde o Boeing 777 da Malaysia Airlines, que foi abatido em julho de 2014 por um míssil sobre a Ucrânia durante a rota de Amsterdã para Kuala Lumpur. A queda causou a morte de 298 pessoas.

Os investigadores recuperaram uma das caixas-pretas do avião na sexta-feira, que registra os dados do voo, e a busca pela segunda, que registra as conversas na cabine, continuou neste sábado. A descoberta da primeira caixa constitui “um passo importante na investigação das causas do acidente”, disse o Ministro da Aviação, Ram Mohan Naidu Kinjarapu, na sexta-feira.

De acordo com uma fonte próxima ao caso, este é o primeiro acidente com um Boeing B-787 Dreamliner, um avião de passageiros de longa distância que entrou em serviço em 2011. Especialistas acreditam que é muito cedo para especular sobre as causas do acidente de quinta-feira. Vídeos do acidente publicados nas redes sociais mostram o avião decolando, sem conseguir ganhar altitude e, por fim, caindo no chão.

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