
As ações do frigorífico JBS, que deixaram de ser negociadas na B3 na sexta-feira da semana passada (6) devido à operação de dupla listagem, estreiam na bolsa de Nova York (NYSE) nesta sexta-feira (13).
No dia 23 de maio, os acionistas da companhia aprovaram a proposta de dupla listagem das ações do frigorífico, conforme já era amplamente esperado pelo mercado. A família Batista, que fundou e ainda controla a JBS, tentava há mais de uma década listar os papéis da empresa em Nova York, mas enfrentou vários contratempos, incluindo o escândalo de Lava Jato.
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Em 2016, o plano também enfrentou oposição do braço de investimentos do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o maior acionista fora da família Batista. Em março, o banco estatal, que vem reduzindo sua participação no frigoríficio, concordou em se abster na votação da listagem dupla.
O plano de listagem dos EUA também enfrentou críticas de políticos e grupos ambientalistas, que levantaram preocupações sobre corrupção, concentração de mercado e riscos ambientais.
Uma das maiores empresas de alimentos do mundo, com mais de 250 unidades em 17 países e mais de 300 mil clientes, a JBS vê a mudança como parte da estratégia para reforçar sua presença global. A nova estrutura e a listagem dupla buscam ampliar a visibilidade internacional e alinhar a governança à atuação já diversificada no exterior.
Segundo a empresa, a reorganização dará mais flexibilidade à execução da estratégia de crescimento, além de refletir melhor o perfil global das operações.
Na visão do BBA, a operação tende a ampliar o acesso da empresa a uma base maior de investidores e aumentar sua visibilidade no mercado internacional, favorecendo comparações com pares globais.
Além disso, conforme o BBA, o movimento pode proporcionar maior flexibilidade no uso de capital próprio como fonte de financiamento, inclusive por meio de emissões de ações, o que pode contribuir para a redução do custo de capital.
Outro ponto destacado é o fortalecimento da governança corporativa da JBS, que passará a estar sujeita ao escrutínio regulatório da SEC, aumentando a transparência e a credibilidade da companhia junto ao mercado.
Já a Genial Investimentos avalia a transição como uma oportunidade de valorização. A corretora recomenda compra dos papéis da JBS. A expectativa é de que a nova estrutura traga maior visibilidade à companhia em mercados de capitais mais líquidos, como o norte-americano.
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