Na quinta-feira, 12 de junho, o dólar comercial encerrou praticamente estável, com leve alta de 0,08%, cotado a R$ 5,5437. A sessão foi marcada por forças opostas: no exterior, o dólar perdeu força após dados confirmarem a desaceleração da inflação nos EUA — com números abaixo do esperado tanto no CPI quanto no PPI — reforçando apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve ainda neste ano. Em contrapartida, o cenário fiscal brasileiro gerou cautela entre os investidores, com reações negativas às novas medidas adotadas pelo governo, como a elevação de tributos sobre apostas e investimentos para compensar o recuo no aumento do IOF. No mercado internacional, o clima foi ainda pressionado por incertezas geopolíticas, com tensões crescentes no Oriente Médio e sinais de fragilidade nas negociações comerciais entre EUA e China.
Para os traders de mini-dólar, o pregão desta sexta (13) deve seguir sensível aos desdobramentos da política monetária americana e ao noticiário fiscal doméstico. A precificação de dois cortes até o fim do ano nos EUA já está no radar dos investidores, enquanto no Brasil a atenção se volta às reações do Congresso diante das medidas anunciadas pelo Executivo. A conjuntura favorece operações com viés técnico e reativas ao fluxo de notícias, exigindo dos operadores atenção redobrada a eventuais gatilhos macroeconômicos e políticos.
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Os contratos de minidólar (WDON25), com vencimento em julho, encerraram a quinta-feira em queda de 0,13%, cotados a 5.553 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, a sessão de ontem reforçou a fraqueza estrutural do ativo. O minidólar chegou a apresentar alta pela manhã, mas devolveu o movimento e fechou abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que reforça o domínio vendedor no curto prazo.
Para que ocorra uma reversão, será fundamental a entrada de volume comprador consistente que leve ao rompimento da resistência em 5.557,5/5.567,5 pontos. Superada essa faixa, os alvos técnicos estariam em 5.577,5/5.602 (2) e 5.624,5/5.645,5 (3).
Por outro lado, o rompimento da zona de suporte em 5.552/5.547,5 pontos (1) pode acelerar o fluxo de venda. Abaixo dessa faixa, os próximos níveis de atenção estão em 5.535/5.515 (2) e, se houver continuidade do movimento, 5.495/5.483 (3).
No gráfico diário, o padrão técnico segue frágil. O minidólar renovou recentemente a mínima de 2025 em 5.542 pontos e continua sendo negociado abaixo das médias de 9 e 21 períodos. Ontem, o ativo até ensaiou um avanço, mas devolveu o movimento ao longo do dia e fechou no vermelho — sinal de enfraquecimento.
Se perder a mínima da última sessão, pode abrir espaço para uma nova onda de baixa, com alvo inicial em 5.492/5.442 pontos. Para que volte a ganhar tração compradora, será necessário romper a faixa de resistência em 5.579,5/5.602 pontos. Vencida essa zona, a próxima projeção de alta estaria entre 5.624,5/5.645,5 pontos. O IFR (14) marca 35,23, sinalizando fraqueza, mas ainda sem configurar sobrevenda.
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Dólar futuro (WDON25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o viés segue negativo. O minidólar voltou a encerrar o pregão abaixo das médias de 9 e 21 períodos, o que mantém a leitura técnica desfavorável.
Para reverter esse cenário, o ativo precisaria romper a resistência entre 5.561,5/5.580 pontos. Se houver entrada de volume comprador acima dessa região, os próximos alvos estarão em 5.602/5.624,5 e, mais acima, em 5.645,5 e 5.684 pontos.
Caso a pressão vendedora prevaleça e o ativo perca o suporte em 5.542/5.535 pontos, o movimento de baixa tende a se intensificar. Nesse cenário, os próximos pontos de parada seriam 5.515/5.488 pontos, com alvo estendido em 5.470/5.451 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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