Na quinta-feira, 12 de junho, o Ibovespa engatou sua terceira alta consecutiva, encerrando o pregão com avanço de 0,49%, aos 137.799 pontos, movimento que não ocorria há duas semanas. Apesar do tom positivo no fechamento, o clima nos bastidores políticos segue tumultuado. As tensões entre o Executivo e o Congresso ganharam novo capítulo após o governo editar uma Medida Provisória para compensar o recuo no IOF, gerando forte resistência legislativa. A proposta, que inclui tributação de apostas e de rendimentos antes isentos, foi mal recebida tanto pelo mercado quanto por parlamentares. A frágil relação institucional, somada ao desempenho abaixo do esperado no setor varejista em abril, limita o otimismo dos investidores, mesmo em meio a sinais de arrefecimento da inflação nos Estados Unidos — o que mantém as expectativas de corte de juros pelo Fed ainda vivas.
Para os traders que operam o mini-índice, o pregão desta quinta-feira exige cautela e leitura atenta do noticiário político. A alta recente do Ibovespa reflete mais uma resiliência técnica do índice do que uma melhora estrutural de cenário. Com os desentendimentos fiscais ainda em pauta e o dado do setor de serviços no radar, o mercado pode oscilar ao sabor de declarações de autoridades e novas movimentações no Congresso. Vale observar também os desempenhos setoriais: bancos e Petrobras sustentaram os ganhos na véspera, enquanto Vale e ações ligadas a commodities ficaram pressionadas.
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Os contratos do mini-índice (WINM25), com vencimento em junho, encerraram a sessão de quinta-feira em alta de 0,60%, cotados a 138.175 pontos, confirmando o terceiro pregão seguido de valorização.
Análise do gráfico de 15 minutos
Pelo gráfico de 15 minutos, segue-se acompanhando o fortalecimento do fluxo comprador. A alta da última sessão posicionou o mini-índice em uma região de teste técnico. Para que o ativo mantenha o impulso, será fundamental a entrada de volume que sustente o rompimento da resistência em 138.250/138.575 (1). Superando essa faixa, os próximos alvos projetados são 138.840/139.285 (2), com objetivo mais amplo na região de 139.870/140.110 (3).
Caso o mercado falhe na superação da resistência e volte a recuar, o primeiro ponto de atenção está no suporte em 137.950/137.700 (1). Se essa faixa for perdida, o movimento de correção pode se intensificar, mirando as zonas de 137.275/136.880 (2) e, num cenário de maior pressão, 136.495/136.180 (3).
A estrutura gráfica diária aponta que o mini-índice começou a dar sinais de recuperação. Na última sessão, formou um forte candle de alta, conseguindo superar a média de 9 períodos, embora ainda permaneça abaixo da média de 21 períodos — o que indica certa cautela.
Para confirmar a reversão altista, o ativo precisará romper a faixa entre 138.245/138.710, projetando alvos em 139.570/141.080. Na hipótese de retomada vendedora, a perda do suporte em 137.625/135.625 poderá intensificar o movimento, com próximo suporte relevante na região de 134.520. O IFR (14) está em 52,04, sinalizando um momento neutro.
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WINM25: Gráfico de 60 minutos
A leitura do gráfico de 60 minutos reforça o momento construtivo. O mini-índice fechou acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que sustenta o viés altista no intraday.
Para que o fluxo comprador se mantenha, será necessário romper a resistência em 138.625/139.570 (1). Caso essa barreira seja vencida, os alvos seguintes estarão em 140.110/140.600 (2) e 141.080/141.370 (3).
Por outro lado, o suporte mais relevante no intraday está em 137.750/137.335 (1). Se essa faixa for rompida, o ativo poderá buscar níveis inferiores, como 136.415/135.710 (2) e, em uma extensão maior, 135.200/134.520 (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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