WEG (WEGE3): por que o JPMorgan reitera visão positiva mesmo após queda no ano

Transformador elétrico da WEG

Apesar da forte queda das ações da WEG (WEGE3) na sessão após os resultados do quarto trimestre de 2024, o que levou a fabricante de motores elétricos acumular perdas de quase 10% no ano, JPMorgan reiterou sua visão positiva para o papel.

O banco manteve recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para a WEG, com preço-alvo passando de R$ 67 para R$ 66, o que representa um potencial de valorização de 40%.

Os analistas destacam a capacidade da WEG de continuar a entregar forte crescimento da receita de 21% ao ano em 2025 e manter sua margem Ebitda acima de 22% nos próximos anos, com um CAGR (taxa de crescimento anual composta) do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação) de 19% entre 2024 e 2027.

Em termos de avaliação, a WEG está sendo negociada a 18,5 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2025, um desconto de 35% em relação à média dos últimos 5 anos e de cerca de 20% em relação à média dos últimos 10 anos.

Preocupações de curto prazo devem diminuir no médio prazo

Segundo o relatório, a demanda por segmento de Transmissão & Distribuição (T&D) na América do Norte é principalmente impulsionada pelas necessidades de atualização de equipamentos, ao invés de investimentos em inteligência artificial (IA), limitando o impacto no médio prazo dos investimentos menores provenientes de IA e centros de dados.

Nesse cenário, o banco avalia que as margens da WEG devem crescer em relação ao trimestre anterior no 1T25 devido a eventos pontuais no 4T e permanecer acima de 22% ao longo de 2025, impulsionadas pela forte demanda por transformadores e seu modelo de negócios integrado.

Já as tarifas dos EUA ainda são uma incógnita, mas o banco vê impacto limitado nos retornos nos EUA, uma vez que a maior parte é representada por transformadores, que têm (neste momento) uma demanda inelástica. A apreciação do real deve ser de curto prazo devido à situação fiscal do Brasil.

Riscos

O JPMorgan destaca como riscos para a tese: i) uma contribuição menor do que a esperada da Regal para o crescimento da receita e a expansão do Ebitda nos próximos anos; ii) um ajuste mais rápido do que o esperado nas margens; e iii) uma desaceleração na economia dos EUA, que é a região mais relevante para a WEG após o Brasil, representando cerca de 25% da receita da empresa.

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